NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo atingiram nesta quinta-feira máximas que não eram vistas desde 2014, em meio a contínuas diminuições na oferta global e conforme a Arábia Saudita busca empurrar os preços para cima, mas ainda assim o petróleo dos Estados Unidos devolveu ganhos durante a tarde e terminou em baixa, enquanto o Brent fechou apenas com leve alta.
Um excedente global de oferta de petróleo já foi praticamente eliminado, de acordo com um painel técnico conjunto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países não-membros, disseram fontes próximas ao assunto, em parte devido ao acordo liderado pela Opep para cortes de produção, em vigor desde janeiro de 2017.
Os futuros do petróleo dos EUA (WTI) encerraram em queda de 0,18 dólar, a 68,29 dólares o barril, depois de tocarem no início da sessão 69,56 dólares, máxima desde 28 de novembro de 2014. O WTI teve ganho de quase 8 por cento nos últimos oito dias de negociação.
Os futuros do petróleo Brent fecharam a 73,78 dólares o barril, alta de 0,30 dólar. Eles chegaram a tocar 74,75 dólares por barril, máxima desde 27 de novembro de 2014, o dia em que a Opep decidiu aumentar sua produção ao máximo para defender sua participação no mercado.
"No geral, a equação oferta-demanda está bem equilibrada", disse o diretor administrativo da BTU Analytics, Anthony Scott. "Depende das expectativas neste ponto-- a visão dos altistas pode estar perdendo força, e as pessoas estão perguntando: 'Qual é a próxima etapa? Você precisa ver o próximo sinal, seja um sinal altista ou baixista'".
Operadores disseram que os especuladores continuam apostando em novas altas, esperando possíveis interrupções no fornecimento e novas quedas nos estoques, impulsionadas pela forte demanda.
(Por David Gaffen; Reportagem adicional por Shadia Nasralla, Koustav Samanta, Henning Gloystein e Nina Chestney)