Investing.com – Os futuros de petróleo West Texas Intermediate (WTI) apresentaram alta hoje, uma vez que os traders estavam aguardando novos dados semanais sobre as reservas norte-americanas de produtos brutos e refinados que devem ser divulgados no final do dia.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo bruto com vencimento em julho atingiu uma baixa da sessão de US$ 57,96 por barril, um nível não visto desde 5 de junho, antes de apresentar recuperação para US$ 59,01 nas negociações norte-americanas da manhã, uma alta de 68 centavos, ou 1,11%. Na segunda-feira, os preços do petróleo negociados na Nymex caíram US$ 1,30, ou 2,18%, para US$ 58,33.
O Instituto Americano de Petróleo (API) divulgará seu relatório de reservas no final do dia, ao passo que o relatório de quarta-feira do governo pode revelar que as reservas de petróleo bruto caíram 2,1 milhão de barris, na semana encerrada em 26 de maio.
Preocupações com a alta produção nacional de petróleo nos EUA, apesar de uma diminuição na contagem de sondas, pesaram sobre os preços nas últimas semanas.
De acordo com o grupo de pesquisa industrial, Baker Hughes (NYSE:BHI), o número de sondas de perfuração de petróleo nos EUA caiu em 3 na semana passada, para 628. A queda marca a 29ª semana consecutiva de quedas.
No entanto, a produção norte-americana de petróleo tem permanecido em 9,6 milhões de barris por dia nas últimas semanas, o nível mais alto desde o início da década de 1970.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em agosto saltaram US$ 1,16, ou 1,88%, sendo negociados a US$ 63,17 por barril. Um dia antes, os futuros do Brent negociados em Londres atingiram US$ 61,35, o nível mais fraco desde 5 de junho, antes de fechar em queda de US$ 1,25, ou 1,98%, a US$ 62,01.
O spread entre os contratos de petróleo Brent e WTI ficou em US$ 4,16 por barril, em comparação com US$ 3,68 no fechamento das negociações de segunda-feira.
O petróleo encontrou apoio após um relato de que os esforços para retomar as negociações entre a Grécia e os seus credores estão em andamento, alimentando esperanças de um acordo de última hora.
A Grécia solicitou um novo programa de resgate de dois anos, poucas horas antes do prazo final para o que parecia ser um calote quase certo da dívida por Atenas.
O governo grego solicitou um novo resgate do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para cobrir necessidades financeiras do país durante os próximos dois anos, o que seria executado ao lado da reestruturação da dívida.
Em um comunicado, o governo disse que vai continuar as negociações em busca de um "acordo viável" na zona do euro. Não ficou clara qual seria a resposta dos credores do país.
O programa de resgate da Grécia existente expira oficialmente à meia-noite e o pagamento do empréstimo no valor de € 1,6 bilhão ao Fundo Monetário Internacional vence também ao mesmo tempo.
Sem um pacote de resgate, Atenas certamente ficará endividada. No início do dia, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, disse que Atenas não cumpriria com o prazo de pagamento.
Um calote por parte da Grécia seria somado aos temores relacionados com a solvência do país e alimenta dúvidas sobre a condição dos bancos gregos e as garantias que eles usam para empréstimos do Banco Central Europeu.
Enquanto isso, os traders de petróleo aguardavam o resultado das negociações entre o Irã e as potências mundiais sobre o programa nuclear de Teerã, o que poderia resultar em uma enxurrada de petróleo iraniano retornando ao mercado, que já sofre com excesso de oferta.
Um acordo nuclear final entre potências ocidentais e o Irã sobre o programa nuclear do país deve ocorrer no dia 30 de junho, mas as autoridades já reconheceram que as negociações provavelmente vão se estender além do prazo.