Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro recuavam em torno de US$ 1,78, ou cerca de 0,14%, chegando a US$ 1.295,82 a onça troy por volta das 10h00 (horário de Brasília).
A moeda dos EUA teve impulso após Dudley afirmar que o Fed está no caminho de aumentar gradualmente as taxas de juros uma vez que os fatores que reduzem a inflação estão "desaparecendo" e os fundamentos da economia norte-americana permanecem sólidos.
"Espero que a inflação suba e se estabilizem em torno da meta (do Fed) de 2% no médio prazo", afirmou ele antes de acrescentar que "em resposta, o Federal Reserve provavelmente continuará a remover gradualmente a política monetária acomodatícia".
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, subia 0,41% e chegava a 92,33, maior valor desde 21 de setembro.
O ouro é sensível a movimentos tanto nas taxas de juros dos EUA quanto no dólar. Um dólar mais forte torna o ouro mais caro a detentores de moedas estrangeiras, ao passo que um aumento nas taxas de juros dos EUA aumenta o custo de oportunidade de se ter ativos de baixo rendimento como o ouro.
Participantes do mercado também aguardavam o discurso de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, com o título "Inflação, Incertezas e Política Monetária" na reunião anual da Associação Nacional para Economia Empresarial na terça-feira.
Além disso, investidores ainda assimilavam os resultados das eleições ocorridas no fim de semana na Alemanha, que mostraram um crescente apoio a um partido de extrema-direita.
A chanceler Angela Merkel obteve o quarto mandato no cargo no domingo, mas terá que construir uma coalizão para formar um governo já que os Conservadores perderam apoio perante o crescimento do partido contrário à imigração Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão).
Ainda na divisão Comex, contratos futuros da prata recuavam 0,26% e eram negociados a US$ 16,94 por onça troy.
Investing.com - Preços do ouro caíam nesta segunda-feira após William Dudley, presidente do Federal Reserve de Nova York, sinalizar a possibilidade de um iminente aumento dos juros dos EUA, levando o dólar a subir muito.