Investing.com - Os preços do petróleo caíram na quinta-feira após um fraco desempenho nos dados econômicos dos EUA que ofuscaram o crescente otimismo em uma resolução para o conflito comercial EUA-China.
Os preços caíram quase um dólar por barril depois que as vendas no varejo e inflação dos preços ao produtor saíram mais fracas do que o esperado - acentuadamente, no caso das vendas no varejo. Os pedidos iniciais de seguro desemprego também foram maiores que o esperado na semana passada.
Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) atingiram um novo recorde para o ano de US$ 54,69 por barril antes dos dados, mas às 11h10 eles haviam se afundado drasticamente e estavam a US$ 53,62 o barril, recuo de 0,5% no dia.
Os contratos futuros do petróleo Brent, referência internacional, seguiu um caminho semelhante, chegando em US$ 64,81 o barril antes de cair para US$ 63,91 após os dados.
Os preços haviam subido no início do dia em um relatório da Bloomberg que dizia que o presidente Donald Trump está considerando uma prorrogação de 60 dias do prazo de 1º de março, quando os EUA as tarifas sobre importações chinesas no valor de US$ 200 bilhões deverão aumentar de 10% para 25%.
Uma delegação comercial liderada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e pelo secretário de Comércio Robert Lighthizer iniciaram conversações de alto nível com os chineses, liderados pelo vice-primeiro-ministro Liu He, em Pequim, na quinta-feira.
As negociações, programadas para sexta-feira, seguem três dias de reuniões de vice-diretoria para elaborar detalhes técnicos, incluindo um mecanismo para impor qualquer acordo comercial.
Os preços do petróleo encontraram ainda mais apoio, em meio a sinais de aumento da demanda da China.
As importações de petróleo da China em janeiro subiram 4,8% em relação ao ano anterior, para uma média de 10,03 milhões de barris por dia (bpd), o terceiro mês consecutivo em que as importações ultrapassaram a marca de 10 milhões de bpd.
Os EUA e a China são as maiores nações consumidoras de petróleo do mundo. Os economistas estão preocupados com o fato de que a atual disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo vá arrastar o crescimento global e, por extensão, corroer a demanda por energia.
Depois de encerrar 2018 em queda livre, os preços do petróleo subiram cerca de 19,5% para começar o ano, impulsionados pelos esforços dos produtores globais para cortar a oferta.
Em dezembro, a OPEP e um grupo de 10 produtores fora do cartel, liderados pela Rússia, concordaram em cortar coletivamente a produção em um total de 1,2 milhão de bpd durante os primeiros seis meses de 2019.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina subiam 1,6%, para US$ 1,489 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha alta de 0,9%, para US$ 1,95 por galão.
Contratos futuros de gás natural avançavam 1%, para US$ 2,602 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores aguardavam os dados semanais dos estoques, previstos ainda para este dia e com expectativas de redução de 79 bilhões de pés cúbicos.
Reuters contribuiu para esta matéria