Investing.com - Os preços do petróleo dispararam mais de 8% nesta terça-feira, ampliando as perdas do início do pregão em meio ao otimismo crescentes de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo conseguirá obter consenso em um acordo para limitar a produção ainda hoje.
O petróleo bruto americano era negociado a US$ 49 o barril às 10h20, registrando alta de US$ 3,78, ou 8,3%, desde seu último fechamento.
O referencial global do Brent futuro operava em alta de US$ 3,93, ou 8,3%, a US$ 51,20 o barril.
Os preços dispararam depois que o ministro do petróleo da Argélia afirmou que tinha "99% de certeza" de que a Opep firmaria um acordo de corte hoje.
Os preços já haviam subido antes, depois que o ministro do petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, afirmou que acreditava que a Opep concretizaria um acordo de produção, mas adicionou que um congelamento da produção do seu país "não estava em discussão".
A Opep está tentando fazer com que seus 14 Estados-membro, além da Rússia, que não faz parte da Opep, implementem cortes de produção coordenados que visem reduzir o excesso de oferta global que gerou uma desvalorização de mais de 50% da commodity desde de 2014.
Em setembro, o grupo produtor chegou a um acordo preliminar que reduziria a produção em 32,5 a 33 milhões de barris por dia, frente aos atuais 33,64 milhões de barris por dia.
Mas chegar a um acordo se mostrou problemático, com Irã e Iraque resistindo à pressão da Arábia Saudita para controlar a produção.
A maior parte dos analistas ainda acredita que a Opep firmará um acordo para reduzir a produção, mas permanecem as dúvidas sobre se será o suficiente para ajudar o mercado.
O Morgan Stanley declarou, nesta terça, que ainda vê um acordo como provável, mas afirmou que os riscos de não haver acordo aumentaram.
"Um sólido anúncio da Opep sobre cortar significativamente a produção poderia elevar o petróleo a US$ 50 ou mais nos próximos dias, especialmente se amparado por pronunciamentos contundentes dos produtores não membros da Opep, antes de o foco mudar para o risco de execução, a sustentabilidade e eventual resposta à oferta de países não membros", afirmaram analistas do banco de investimentos.
Atualizado às 10h20