Investing.com - Preços do petróleo permaneciam em mínima de três semanas nesta terça-feira, já que o dólar norte-americano continuava a se fortalecer após a divulgação de dados positivos dos EUA e preocupações com a sobreoferta global continuavam a pesar.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate caíam US$ 0,37, ou cerca de 0,78%, e eram negociados por US$ 47,22 o barril às 10h00 (horário de Brasília) em comparação ao seu último fechamento.
O petróleo dos EUA fechou em baixa de US$ 1,23, ou 2,5%, cotado a US$ 47,59 o barril na segunda-feira, a maior queda em um dia no período de mais de um mês e o fechamento em menor nível desde 24 de julho.
Os contratos futuros do petróleo Brent, referência internacional, recuavam US$ 0,50, ou 0,99%, para US$ 50,23 o barril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres. O contrato perdeu 2,9% e fechou a US$ 50,59 o barril na segunda-feira.
As preocupações com desaceleração da demanda da China, o segundo maior consumidor de petróleo do mundo, pressionavam os preços para baixo.
Um relatório nesta segunda-feira indicava uma redução na demanda por petróleo bruto nas refinarias da China em julho.
O dólar mais forte também pesava nos preços após dados mostrarem que as vendas no varejo dos EUA subiram em ritmo mais acelerado do que o esperado em julho, iluminando a perspectiva de crescimento econômico no terceiro trimestre.
Outro relatório mostrou que o índice da atividade industrial Empire State subiu para 25,20 em agosto a partir de 9,80 no mês anterior, superando expectativas de uma leitura de 10,00. Foi o nível mais alto desde setembro de 2014.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, subia 0,74% e chegava a 94,03, maior valor desde 26 de julho.
Os preços do petróleo permaneciam vulneráveis à percepção negativa, com investidores avaliando números de oferta e demanda para determinar quanto o mercado está próximo de se reequilibrar.
O Instituto Americano de Petróleo deverá divulgar seu último relatório sobre os estoques norte-americanos ainda nesta terça-feira, antes dos dados oficiais da Administração de Informação de Energia dos EUA na próxima quarta-feira.
Uma redução constante nos estoques de petróleo bruto dos EUA pelos últimos dois meses tem ajudado a sustentar os preços.
Contudo, permanecem as dúvidas sobre a efetividade que os cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo terão em termos de reduzir a sobreoferta global.