Investing.com - Os preços do petróleo estavam sendo negociados perto das altas de 2016 nesta quinta-feira, após a Agência Internacional de Energia ter dito que espera que o mercado de petróleo se reequilibre do excesso de oferta no próximo ano, desde que não haja grande recessão econômica.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em junho subiu 22 centavos, ou 0,11%, e foi negociado a US$ 44,24 por barril, às 10h08min. GMT, não muito longe das altas de US$ 44,48 alcançadas durante a madrugada, níveis não vistos desde novembro.
O Brent de referência mundial ficou em US$ 45,75 na bolsa ICE Futures Europe, após ter atingido altas de US$ 46,13 durante a madrugada.
Os preços do petróleo subiram durante a madrugada após o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, ter dito que 2016 veria a maior queda na oferta de petróleo fora da OPEP nos últimos 25 anos, o que ajudará o mercado a voltar ao equilíbrio devido ao excesso de oferta.
"Na virada deste ano ou no mais tardar até 2017, esperamos que os mercados de petróleo se reequilibrem e os preços também. Ao olharmos para todos os fundamentos – demanda, oferta e reservas – tenho todos os motivos para acreditar que, na ausência de uma grande recessão econômica, veremos o equilíbrio nos mercados em 2017, no máximo".
Os preços do petróleo já encontraram apoio após dados terem mostrado reservas menores do que o esperado e uma grande redução dos destilados na semana passada.
A Administração de Informação de Energia informou que as reservas de petróleo aumentaram em 2,08 milhões de barris na última semana, elevando o total das reservas para um novo recorde de 538.6 milhões de barris.
Os analistas esperavam um aumento de armazenamento de 2,4 milhões de barris.
Os estoques totais de gasolina diminuíram em 0,1 milhão de barris na semana passada, ao passo que os estoques de combustíveis destilados caíram 3,6 milhões de barris.
A produção de petróleo também continuou diminuindo, caindo para uma média de 8,95 milhões de barris por dia de 8,98 milhões na semana anterior. A produção caiu em 11 das últimas 12 semanas uma vez que de os preços baixos continuam desgastando a produção de xisto.
Mas as preocupações com um excesso de oferta mundial continuaram assombrando as perspectivas após as negociações no fim de semana entre os principais produtores terem acabado sem nenhum acordo para congelar os níveis de produção.
O principal produtor da OPEP, a Rússia, disse na quarta-feira que está preparado para elevar os níveis de produção para altas históricas e a Arábia Saudita ameaçou a colocar mais petróleo no mercado.