Investing.com - Os preços do petróleo ampliaram seu forte rali para o segundo dia nesta quinta-feira, com os preços impulsionados após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo chegar a um acordo de corte de produção.
O petróleo bruto americano subiu US$ 1,51, ou 3,1%, cotado a US$ 50,91 o barril, às 13h11, no horário de Brasília, nível inédito desde meados de outubro.
O referencial mundial do Brent futuro marcou US$ 53,50 o barril, avançando US$ 1,62, ou 3,2%, para o maior nível em mais de um mês.
O Brent fechou em US$ 50,47 na quarta-feira, registrando alta de US$ 4,09, ou 8,8%, após atingir a máxima do dia de US$ 50,49. O petróleo bruto americano fechou em US$ 49,44, elevando-se em US$ 4,21, ou 9,3%.
A Opep firmou seu primeiro acordo de corte de produção desde 2008 nesta quarta-feira, com o objetivo de reduzir o excesso de oferta global que gerou queda de mais de 50% nos preços desde meados de 2014.
O grupo de 14 membros representa um terço da produção mundial, ou 33,6 milhões de barris por dia. A partir do janeiro de 2017, o acordo implementará corte de 1,2 milhões de barris por dia.
A Arábia Saudita fará o maior corte, reduzindo a produção em 486.000 barris por dia e isentando o Irã do corte, em um acordo visto como uma vitória para Teerã.
O grupo afirmou que reavaliará a eficácia do acordo em seis meses.
O acordo também inclui ação coordenada com não membros da Opep, que deverão diminuir sua produção em 600.000 barris por dia.
Nesta quinta-feira, o ministro de energia russo, Alexander Novak, afirmou que reduzirá sua produção em relação aos níveis de novembro e dezembro.
Novak declarou, na quarta-feira, que a Rússia está preparada para reduzir sua produção em até 300.000 barris por dia, como parte de seu acordo com a Opep.
No entanto, os analistas afirmam que o corte fará com que outros produtores, especialmente as perfuradoras de xisto nos EUA, aumentem sua produção.
Os analistas também têm dúvida sobre como o acordo será aplicado, porque a Opep não tem autoridade para fazer seus membros cumprirem-no.