Pequim, 13 nov (EFE). - A Rússia exportará até 30 bilhões de metros cúbicos de gás por ano à China durante três décadas através da chamada "rota ocidental", conforme o acordo assinado no fim de semana e cujos detalhes foram revelados nesta quinta-feira pela agência oficial "Xinhua".
A Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC), a maior empresa de hidrocarbonetos do país, assinou um memorando de entendimento com a Gazprom, a gigante russo setor, para negociar exportações de gás russo através de um gasoduto pela "rota ocidental" esta semana, durante a visita do presidente russo Vladimir Putin à China por ocasião da cúpula econômica da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec).
Este novo acordo, selado na reunião bilateral entre Putin e o presidente chinês Xi Jinping no domingo, é um novo passo na cooperação de gás entre ambos os países, já que complementa o histórico acordo conseguido em 21 de maio.
O pacto, também de exportação de gás, mas através de um gasoduto de "rota oriental", foi conseguido por Putin durante uma viagem oficial à China e em um dos momentos de maior isolamento internacional de Moscou, devido à crise ucraniana, que na época se encontrava em seu auge.
A "rota oriental" começou a ser construída em agosto no leste da Sibéria, para chegar às principais refinarias chinesas do nordeste, embora Pequim também estivesse interessada em um gasoduto mais ocidental para outras regiões do país.
Segundo a agência oficial "Xinhua", a CNPC também publicou hoje que as importações de gás de Mianmar chegaram aos 3 bilhões de metros cúbicos em 11 de novembro, através do gasoduto entre ambos os países.