PEQUIM (Reuters) - A Rússia tornou-se o maior fornecedor de petróleo da China em maio, aproveitando uma robusta demanda de refinarias privadas e acompanhando uma queda no fornecimento pelo Irã.
As importações junto à Rússia somaram 6,36 milhões de toneladas em maio, ou 1,50 milhão de barris por dia (bpd), segundo dados da Administração Geral de Alfândegas nesta terça-feira.
Em barris por dia, as importações cresceram 4% na comparação com mesmo período do ano passado, mas ficaram estáveis frente a abril, quando as importações totais de petróleo da China tiveram um recorde mensal.
Nos primeiros cinco meses do ano, embarques da Rússia somaram 30,54 milhões de toneladas, ou 1,48 milhão de bpd, alta de 9,8% ante um ano atrás, segundo os dados.
O Irã forneceu à China 254.016 bpd em maio, com queda significativa ante os 789.137 bpd em abril e 763.674 bpd no mesmo período do ano passado.
As gigantes chinesas Sinopec e CNPC deixaram de comprar petróleo do Irã em maio, após o fim de isenções temporárias oferecidas pelos EUA a alguns clientes dos iranianos em suas sanções contra o país.
Já as compras junto à Arábia Saudita caíram 25% na comparação anual, para 1,108 milhão de bpd em maio, ante 1,53 milhão de bpd em abril.
As importações de petróleo dos EUA somaram 786.637 toneladas em maio, ou 185.240 bpd, contra 116.272 bpd em abril.
Nos primeiros cinco meses do ano, as importações de petróleo da China junto aos EUA recuaram 80% frente ao acumulado no mesmo período do ano passado, para 1,35 milhão de toneladas, ou 65.264 bpd.
As compras caíram em meio a uma escalada de tensões comerciais entre os dois países, mesmo com o governo chinês não tendo elevado tarifas sobre o petróleo norte-americano.
(Por Meng Meng e Aizhu Chen)