Investing.com – Com surpresa no clima, o Brasil deve contar com uma safra recorde de milho e o começo da colheita do milho safrinha vem pressionando as cotações do cereal. Outro ponto de atenção no setor é em relação ao armazenamento, visto que a safra recorde pressiona a estrutura logística presente no Brasil, segundo o relatório bimestral AgroInfo, divulgado pelo Rabobank.
“A elevada disponibilidade da soja em grão para a safra 2022/23 e as excelentes condições das lavouras brasileiras de milho segunda safra vem pressionando os preços de milho no mercado interno. Com isso, é esperado uma competição tanto pela armazenagem de grãos, como também nos portos brasileiros”, reforça o Rabobank no documento, que também alerta para as condições do clima no plantio dos Estados Unidos.
CONFIRA: Cotações das commodities de grãos
Segundo o Rabobank, incerteza em relação à recomposição dos estoques deve motivar volatilidade nas cotações nas bolsas de futuros e também nas exportações brasileiras de milho.
“Dado o aumento da estimativa da safra de milho brasileira e a perspectiva de obter preços mais atrativos, a China anunciou o cancelamento dos embarques de milho norte-americano”, aponta o documento.
“A expectativa de uma safra recorde combinada a baixa comercialização e uma possível safra recorde norte-americana, poderão trazer um tom baixista para os preços do milho no mercado interno”, completa o AgroInfo.
O Rabobank projeta safra total de milho em 129 milhões de toneladas, alta de 14 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.