Por Lefteris Karagiannopoulos
OSLO (Reuters) - Cerca de 900 trabalhadores do setor de petróleo e gás da Noruega entraram em greve nesta segunda-feira, somando-se a outros quase 700 que haviam paralisado atividades na semana passada, em uma crescente disputa sobre salários e pensões que impactou a produção no país.
O sindicato Safe disse que irá avaliar nos próximos dias uma possível ampliação da greve para todos seus 2.250 membros.
O Safe seguiu adiante com seu plano de intensificar a greve, que começou na terça-feira passada, após empresas não responderem a suas demandas por maiores salários e benefícios em pensões dentro de um prazo-limite que venceu à meia-noite do domingo.
Essa é a maior greve no setor desde uma ação que durou 16 dias em 2012 e cortou a produção da Noruega de petróleo em cerca de 13 por cento e a de gás natural em cerca de 4 por cento.
Os trabalhadores do setor de petróleo e gás entraram em greve após rejeitarem um acordo sobre salários e pensões. Não houve contato entre empresas e o sindicato desde o início da paralisação na semana passada.
Os empregadores, representados pela Associação Norueguesa de Donos de Embarcações, disse nesta segunda-feira que o sindicato "não entende a realidade econômica" do país.
A expansão da greve não deve ter impactos extras imediatos sobre a produção de petróleo e gás além do fechamento na semana passada do campo de Knarr, da Shell (L:RDSa), que produz 23,9 mil barris de petróleo equivalente por dia.
A norueguesa Equinor (OL:EQNR) disse que não espera que sua produção seja afetada "no curto prazo" pela intensificação da greve, segundo um porta-voz.