Por Cassandra Garrison
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O trigo negociado na bolsa de Chicago se recuperou de uma mínima de 25 meses para fechar em alta nesta quarta-feira, com impulso de novas tensões entre Rússia e Ucrânia, que lançam dúvidas sobre o futuro do corredor de grãos do Mar Negro, disseram analistas.
O milho também subiu com as tensões. A soja, por sua vez, seguiu com um rali depois de atingir uma mínima de sete meses na sessão.
A Rússia acusou a Ucrânia nesta quarta-feira de atacar o Kremlin com drones durante a noite em uma tentativa fracassada de matar o presidente Vladimir Putin.
Mais tarde, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse que a Rússia não parecia interessada em estender o acordo de grãos do Mar Negro, mas que Kiev estava focada em procurar parceiros para cumprir o pacto.
As negociações deveriam acontecer em Moscou em 5 de maio, mas não estava claro se todas as partes estavam de acordo.
"É uma combinação de sobrevenda, pesadamente fundos vendidos, a escalada da questão Rússia-Ucrânia, a tática para negociar o Mar Negro e as pessoas dizendo que as chuvas que aconteceram nas planícies podem não ter ajudado o trigo de Kansas City, que o estrago está feito", disse Craig Turner, trader de commodities da Daniels Trading.
O contrato de trigo mais ativo na bolsa de Chicago (CBOT) subiu 30,50 centavos para 6,3975 dólares o bushel, depois de ter caído para uma mínima da sessão de 6,0375 dólares, a menor desde abril de 2021.
O milho terminou em alta de 8,50 centavos a 5,8850 dólares o bushel, e a soja subiu 6,75 centavos a 14,1750 dólares o bushel, depois de cair para 13,9225 dólares na sessão, mínima desde outubro de 2022.
(Reportagem de Cassandra Garrison na Cidade do México, Naveen Thukral)