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Scotiabank reduz preço-alvo da America Movil em meio a preocupações com rendimento de capital e impactos cambiais

EdiçãoAhmed Abdulazez Abdulkadir
Publicado 20.09.2024, 11:21
AMX
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Na sexta-feira, o Scotiabank ajustou seu preço-alvo para a America Movil (NYSE:AMX), gigante das telecomunicações, reduzindo-o para 17,80 dólares dos anteriores 18,90 dólares. O banco manteve a classificação Sector Perform para a ação. A revisão segue observações sobre flutuações cambiais e seu impacto no desempenho da empresa, particularmente no mercado mexicano, onde a America Movil está sediada.

O analista do Scotiabank destacou que o rendimento de capital de 7,5% em USD não é suficientemente atrativo, dados os desafios competitivos e regulatórios no México. A recente depreciação do peso mexicano (MXN) causou uma divergência no desempenho dos American Depositary Receipts (ADRs) da America Movil e sua ação local, com os ADRs experimentando uma queda significativa enquanto a ação local permaneceu estável em meio a consideráveis perturbações econômicas domésticas.

O relatório detalhou os efeitos da depreciação do MXN, observando que, embora o México represente cerca de 42% do EBITDA da empresa no segundo trimestre de 2024, a conversão cambial poderia afetar positivamente os fluxos de caixa. Isso se deve à apreciação de outras moedas locais em relação ao MXN, o que poderia potencialmente compensar os impactos negativos sobre os gastos de capital e pagamentos de juros. A depreciação também poderia beneficiar a base tributária da empresa, de forma semelhante à situação em 2020 e 2021.

Apesar desses fatores, e mesmo após aumentar a estimativa do fluxo de caixa livre de capital (EFCF) da America Movil para 83 bilhões de MXN dos anteriores 79,9 bilhões de MXN, o analista apontou que o atual rendimento de capital dos próximos doze meses (NTM) em MXN, que está em 8,3% (ou 7,5% em USD), é menor que o rendimento dos títulos denominados em MXN.

Isso sugere que investir em títulos pode ser mais atraente do que em ações no momento. Outras empresas de telecomunicações como TIGO e TIMB oferecem rendimentos de capital mais altos e um prêmio maior sobre os títulos, o que diminui ainda mais o apelo das ações da America Movil.

O relatório também expressou preocupações quanto ao ambiente regulatório e à concorrência de mercado no México, que poderiam continuar afetando o sentimento dos investidores. Houve especulações sobre a potencial dissolução do Instituto Federal de Telecomunicações (IFT), mas informações recentes indicam que tal desenvolvimento não é iminente. Isso poderia levar a desafios regulatórios, especialmente dado o estado atual do sistema judicial após reformas recentes.

Em outras notícias recentes, a America Movil reportou resultados mistos no segundo trimestre, com prejuízo líquido em meio a perdas cambiais, apesar de um aumento de 1,5% na receita do segundo trimestre em relação ao ano anterior e um aumento em sua base de assinantes. A empresa também está explorando uma compra conjunta de ativos com a Telefonica da WOM, um player significativo no mercado móvel chileno. Esta movimentação estratégica poderia potencialmente aumentar a participação de mercado da America Movil no Chile para 39%.

No âmbito das avaliações de analistas, o Citi reafirmou a classificação de Compra para a America Movil, citando potenciais ganhos de participação de mercado no Chile. Enquanto isso, o Goldman Sachs elevou a classificação da America Movil para Compra, identificando tendências competitivas e nova orientação de gastos de capital como potenciais catalisadores. No entanto, o Scotiabank reduziu seu preço-alvo para a America Movil para 18,90 dólares, mantendo a classificação Sector Perform, devido a preocupações sobre uma desaceleração no crescimento do setor móvel no México.

Além disso, a família Slim, acionistas controladores da America Movil, recentemente adquiriu uma participação de 3,16% na British Telecom, potencialmente indicando uma estratégia de diversificação. Apesar de desafios como um incidente de cibersegurança na América Central levando à desconexão de 584.000 assinantes, o crescimento da America Movil está sendo impulsionado por suas expansões de banda larga e rede 5G no México.

Insights do InvestingPro

Ao considerarmos a saúde financeira e o desempenho de mercado da America Movil, dados em tempo real do InvestingPro fornecem insights adicionais. Com uma capitalização de mercado de 51,45 bilhões de dólares e um índice P/L de 30,47, a America Movil se destaca como uma entidade significativa no setor de telecomunicações. O índice P/L, que se ajusta ligeiramente para cima para 31,69 ao olhar para os últimos doze meses até o segundo trimestre de 2024, sugere uma avaliação que os investidores devem ponderar contra o crescimento de lucros de curto prazo da empresa.

Uma das Dicas do InvestingPro destaca que a America Movil tem consistentemente retornado valor aos seus acionistas, tendo aumentado seu dividendo por 8 anos consecutivos e mantido pagamentos de dividendos por 24 anos consecutivos. Isso é particularmente notável no contexto do relatório do Scotiabank, que compara o rendimento de capital das ações da America Movil ao rendimento dos títulos denominados em MXN. O rendimento de dividendos, de acordo com os dados fornecidos, está em 3,19%, refletindo o compromisso da empresa com os retornos aos acionistas.

Além disso, as ações da empresa estão sendo negociadas a um baixo índice P/L em relação ao crescimento de lucros de curto prazo, e a avaliação implica um forte rendimento de fluxo de caixa livre. Isso pode atrair investidores que buscam empresas com robustas capacidades de geração de caixa. Para aqueles interessados em análises adicionais, há mais Dicas do InvestingPro disponíveis, que podem ser exploradas em https://br.investing.com/pro/AMX.


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