Slides da Cummins no 2º tri de 2025: Margens de lucro aumentam apesar da queda na receita

Publicado 05.08.2025, 09:06
Slides da Cummins no 2º tri de 2025: Margens de lucro aumentam apesar da queda na receita

As ações da Cummins Inc (NYSE:CMI) subiram quase 5% nas negociações pré-mercado após a apresentação do segundo trimestre do fabricante de motores revelar melhorias significativas na lucratividade, apesar de uma ligeira queda na receita. A teleconferência de resultados do 2º tri de 2025 da Cummins, realizada em 05.08.2025, mostrou como a empresa está navegando pelas mudanças nas demandas do mercado em seus diversos segmentos de negócios.

Destaques do desempenho trimestral

A Cummins reportou uma receita no segundo trimestre de US$ 8,64 bilhões, representando uma queda de 2% em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, a empresa melhorou significativamente seus indicadores de lucratividade, com o EBITDA alcançando US$ 1,59 bilhão (18,4% das vendas) em comparação com US$ 1,35 bilhão (15,3%) no 2º tri de 2024. O lucro líquido subiu para US$ 890 milhões, com o lucro por ação diluído aumentando para US$ 6,43, contra US$ 5,26 no ano anterior.

Como mostrado no seguinte resumo dos indicadores de desempenho do 2º tri de 2025:

Os resultados do trimestre continuam o impulso visto no 1º tri de 2025, quando a Cummins superou as expectativas de LPA em 18,7% com lucros de US$ 5,96 por ação. O LPA do 2º tri de US$ 6,43 representa uma melhoria sequencial adicional, demonstrando a capacidade da empresa de aumentar a lucratividade apesar dos desafios na receita.

Uma comparação dos principais indicadores financeiros entre o 2º tri de 2025 e o 2º tri de 2024 revela melhorias significativas na maioria dos indicadores de desempenho:

Análise financeira detalhada

O desempenho da Cummins variou significativamente entre seus segmentos de negócios, refletindo a dinâmica mutável do mercado. Os segmentos tradicionais de Motores e Componentes enfrentaram dificuldades, enquanto os segmentos de Sistemas de Energia e Distribuição apresentaram forte crescimento.

A seguinte divisão mostra o desempenho de vendas líquidas e EBITDA por segmento:

O Segmento de Motores, que representa 28% da receita da Cummins, experimentou uma queda de 8% nas vendas para US$ 2,9 bilhões, com a margem EBITDA diminuindo ligeiramente para 13,8%. Essa queda foi principalmente atribuída à menor demanda rodoviária na América do Norte, embora a empresa tenha observado que preços favoráveis nos mercados de veículos leves, eficiências operacionais e maior renda de joint ventures ajudaram a compensar parcialmente o impacto do volume.

Da mesma forma, o Segmento de Componentes viu uma queda de 9% na receita para US$ 2,7 bilhões, mas melhorou sua margem EBITDA para 14,7% em relação aos 13,6% do ano anterior. De acordo com a apresentação, essa melhoria na margem foi "impulsionada principalmente pela redução de despesas com Cobertura de Produtos e eficiências operacionais."

Em contraste, o Segmento de Distribuição entregou um crescimento de receita de 7% para US$ 3,0 bilhões, com uma melhoria substancial na margem EBITDA para 14,6% em relação aos 11,1%. A empresa atribuiu esse crescimento ao "aumento da demanda por produtos de geração de energia na América do Norte" e eficiências operacionais.

O destaque foi o Segmento de Sistemas de Energia, que registrou um crescimento de receita de 19% para US$ 1,9 bilhão e expandiu sua margem EBITDA para 22,8% em relação aos 18,9%. Esse impressionante crescimento foi "impulsionado principalmente pelo aumento da demanda de geração de energia, particularmente para data centers e aplicações de missão crítica", destacando o impacto do atual boom de construção de data centers nos negócios da Cummins.

Enquanto isso, o Segmento Accelera, que se concentra em tecnologias de energia limpa, viu uma ligeira queda na receita, mas reduziu sua perda de EBITDA para US$ 100 milhões em comparação com US$ 117 milhões no 2º tri de 2024. Este segmento continua a investir no desenvolvimento de trens de força elétricos, células de combustível e eletrolisadores.

Iniciativas estratégicas e posição de mercado

A Cummins mantém uma forte presença global com operações em aproximadamente 190 países. A distribuição de receita da empresa destaca sua diversificação geográfica enquanto mantém uma forte base na América do Norte:

A receita de joint ventures da empresa aumentou para US$ 118 milhões no 2º tri de 2025, em comparação com US$ 103 milhões no 2º tri de 2024, com melhorias na maioria dos segmentos. Este desempenho sublinha o valor das parcerias estratégicas da Cummins, particularmente em mercados emergentes.

O desempenho do fluxo de caixa da empresa mostrou uma melhoria dramática, com o fluxo de caixa operacional do 2º tri de 2025 de US$ 785 milhões em comparação com US$ 851 milhões negativos no 2º tri de 2024. As despesas de capital permaneceram relativamente estáveis em US$ 231 milhões, enquanto a relação dívida total/capital melhorou para 38,7% em relação aos 41,5% de um ano antes.

Como ilustrado no resumo do fluxo de caixa abaixo, a Cummins manteve 15 anos consecutivos de aumentos de dividendos:

A Cummins continua a focar em mercados emergentes, particularmente China e Índia, onde estabeleceu operações há mais de 50 e 60 anos, respectivamente. Embora esses mercados tenham experimentado algumas flutuações, eles permanecem estrategicamente importantes para o crescimento de longo prazo da empresa:

Declarações prospectivas

A apresentação do 2º tri não abordou especificamente as preocupações com tarifas comerciais que levaram à retirada da orientação anual durante a teleconferência de resultados do 1º tri. Naquela ocasião, a CEO Jennifer Rumsey havia comentado: "Estamos entrando em território desconhecido à medida que as tarifas comerciais começam a ter um impacto mais significativo", destacando as pressões externas enfrentadas pela empresa.

No entanto, os resultados do 2º tri sugerem que a Cummins está navegando com sucesso por esses desafios através de eficiências operacionais e foco estratégico em áreas de alto crescimento, como geração de energia para data centers. A capacidade da empresa de expandir as margens de lucro, apesar das dificuldades de receita em seus segmentos tradicionais, demonstra uma gestão eficaz de custos e alocação estratégica de recursos.

O crescimento contínuo no segmento de Sistemas de Energia, particularmente relacionado a aplicações de data centers, posiciona a Cummins para se beneficiar dos investimentos em curso em infraestrutura digital. Enquanto isso, a melhoria no desempenho do segmento Accelera indica progresso na estratégia de longo prazo da empresa para desenvolver soluções de energia limpa.

Com a ação sendo negociada a US$ 361,59 antes da divulgação dos resultados e saltando para US$ 378,50 nas negociações pré-mercado, os investidores parecem estar respondendo positivamente à capacidade da Cummins de entregar forte lucratividade apesar das condições mistas do mercado. O crescimento consistente de dividendos e a melhoria na geração de fluxo de caixa da empresa reforçam ainda mais a confiança dos investidores em sua estabilidade financeira e perspectivas de longo prazo.

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