SANTIAGO (Reuters) - O bloco de países sul-americanos Prosul chegou a um acordo nesta quinta-feira para compartilhar informação e coordenar um processo para garantir o acesso a vacinas contra o coronavírus, em um momento em que a pandemia atinge com força a região e há uma corrida global para desenvolver a imunização.
O acordo foi anunciado pelo chanceler chileno, Andrés Allamand, depois de uma reunião virtual entre presidentes e chanceleres do bloco, que atualmente é presidido pelo Chile e reúne também Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai, Peru, Equador e Guiana.
"Os países concordaram em compartilhar informações a respeito do andamento do que cada um está fazendo a respeito de cada uma dessas vacinas", disse o ministro a jornalistas.
"Mais adiante, a ideia é uma coordenação apenas para efeito da aquisição da ou das vacinas e isso pode pressupor um esforço individual ou um esforço conjunto", acrescentou, apontando que "obviamente um esforço conjunto traria benefícios especialmente em matéria de acesso, quantidades, e certamente preços".
Segundo a Organização Mundial da Saúde, atualmente estão sendo desenvolvidas e testadas mais de 150 vacinas em todo o mundo para impedir a continuação da pandemia de Covid-19. Destas, 25 estão em estágio de testes com seres humanos.
Vários países latino-americanos avançam para garantir uma vacina. Na quarta-feira foi noticiado que a Janssen, unidade da Johnson & Johnson nos Estados Unidos, escolheu Chile, Peru, Brasil e Colômbia na região para a realização de testes por meio de centros de investigação locais.
(Reportagem de Natalia Ramos)