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Economia diz à CPI que não alocou recursos orçamentários contra Covid por não prever piora da pandemia

Publicado 14.05.2021, 20:09
© Reuters. Profissionais de saúde tratam de pacientes na sala de emergência do hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre
11/03/2021 REUTERS/Diego Vara

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Economia admitiu à CPI da Covid do Senado não ter alocado recursos no Orçamento deste ano para o enfrentamento da pandemia de coronavírus por não ter previsto o recrudescimento da crise sanitária.

A manifestação consta de uma nota informativa encaminhada pela pasta à CPI em atendimento a um requerimento apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que pretendia saber a justificativa para a falta de indicação de recursos para o combate à Covid na peça orçamentária.

"Não obstante à competência originária dos ministérios setoriais em propor a criação de ações orçamentárias para atendimento de suas políticas, a previsão de alocação de dotação orçamentária para combate à Covid-19, no momento da elaboração do Ploa 2021, pelo Poder Executivo, em 2020, tornou-se incerta uma vez que naquele momento não se vislumbrou a continuidade bem como o recrudescimento da pandemia da Covid-19 no patamar atingido em 2021", respondeu a pasta.

O Congresso Nacional, entretanto, aprovou o Orçamento de 2021 com atraso e somente no final de março, época em que o país já vivia uma escalada de casos e mortes por Covid-19.

Em outubro do ano passado, durante audiência no Senado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a falar que a Covid estaria "indo embora" e que havia uma tendência de redução de programas emergenciais.

Senadores chegaram a defender a convocação de Guedes para a CPI, mas não houve consenso.

CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

No documento, a Secretaria de Orçamento Federal do ministério informou que a pandemia se tornou um fenômeno de imprevisibilidade originária, contínua e intrínseca pelo grande número de variáveis sobre a calamidade, inclusive com diferenças regionais significativas e sem sincronia no vasto território nacional.

O órgão da Economia disse que "fundamentalmente por esse motivo" que as dotações específicas para o combate à pandemia foram, em regra, via créditos extraordinários.

© Reuters. Profissionais de saúde tratam de pacientes na sala de emergência do hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre
11/03/2021 REUTERS/Diego Vara

"Tal sistemática assegura ainda que as autorizações de despesas relacionadas ao enfrentamento da pandemia constem de programações orçamentárias específicas ou contem com marcadores que as identifiquem e sejam separadamente avaliadas na prestação de contas do presidente da República e evidenciadas, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre", afirmou o documento.

A pasta disse ainda que, em 2021, já foram alocados 86,5 bilhões de reais ao Orçamento para o atendimento de despesas relacionadas à pandemia por meio de créditos e emendas parlamentares ao Orçamento deste ano.

 

(Reportagem de Ricardo Brito)

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