Por Carl O'Donnell e Michael Erman
(Reuters) - A Eli Lilly and Company (NYSE:LLY) disse nesta quarta-feira que outros testes de sua terapia experimental de anticorpos contra coronavírus continuam ocorrendo mesmo depois de um estudo liderado pelo governo norte-americano que testa o tratamento em pacientes de Covid-19 hospitalizados ser interrompido devido a temores de segurança.
Na terça-feira, a Lilly disse que um comitê de monitoramento de segurança independente pediu uma pausa no teste, chamado de ACTIV-3, por causa de um problema de segurança em potencial.
O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), que está colaborando com a Lilly no teste, disse que o comitê de aconselhamento suspendeu o teste depois de ver uma "diferença de status clínico" entre pacientes usando o remédio da Lilly e aqueles que receberam um placebo, sem dar maiores detalhes.
"Eles cruzaram a fronteira" de um nível aceitável de temores de segurança no teste, disse o doutor Richard Chaisson, professor de medicina de Johns Hopkins que não se envolveu no estudo. "Agora eles têm que decidir se a fronteira é importante o suficiente para pararem totalmente o teste, declará-lo inseguro".
A Lilly disse nesta quarta que o teste interrompido é diferente dos outros que está realizando porque se concentra em pacientes hospitalizados que estão mais seriamente doentes e sendo tratados com outros remédios também, incluindo o antiviral remdesivir da Gilead Sciences Inc (NASDAQ:GILD).
A empresa já havia pedido que agências reguladoras dos EUA liberassem uma autorização de uso emergencial para o medicamento de anticorpos, chamado bamlanivimab ou LY-CoV555, para tratar pacientes com Covid-19 suave a moderada com base em dados provisórios de um estudo diferente com participantes com doenças menos graves. Ela também está testando o remédio em casas de repouso para descobrir se ele pode evitar que funcionários e moradores se infectem.
(Por Carl O'Donnell)