Por Stephen Farrell
JERUSALÉM (Reuters) - Durante uma Sexta-Feira Santa incomum em Jerusalém, um grupo de frades franciscanos, alguns com máscaras, lembrou a crucificação e a ressurreição de Jesus ao longo de uma Via Dolorosa interditada e sem a presença de fiéis.
Eles percorreram as Estações da Cruz até a Igreja do Santo Sepulcro, o foco das celebrações da Páscoa cristã, onde, em um serviço assistido por poucos, se fez um pedido de orações para as vítimas do coronavírus mais cedo.
A Covid-19 já matou quase 100 mil pessoas em todo o mundo. Em Israel, a doença infectou mais de 10 mil pessoas e matou 92, e nos territórios palestinos ocorreram 266 casos e duas mortes.
"Estamos celebrando a Sexta-Feira Santa, a lembrança da morte de Jesus, em circunstâncias muito difíceis", disse o administrador apostólico latino da Terra Santa, arcebispo Pierbattista Pizzaballa, diante da igreja.
"Então é importante de certa maneira, neste lugar, onde isto aconteceu que possamos... estar unidos nos corações e nas orações por todos aqueles que estão sofrendo e morrendo".
Segurando uma máscara e flanqueado por clérigos, Pizzaballa falou à Reuters antes de realizar um serviço restrito na antiga igreja de arenito, reverenciada por cristão de todo o mundo como o local das horas finais de Jesus.
Pouco depois, o som de cânticos e preces emergiu de uma janela no alto da parede do edifício.
A Páscoa é o festival mais importante do calendário cristão. Neste ano, os católicos o comemoram em 12 de abril, e a Igreja Ortodoxa Grega uma semana antes.