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Ex-chanceler Araújo nega declarações anti-China e é lembrado de falar a verdade na CPI

Publicado 18.05.2021, 11:24
Atualizado 18.05.2021, 17:51
© Reuters. Ex-chanceler Ernesto Araújo antes de depor na CPI da Covid-19 no Senado, em Brasília 
18/05/2021 REUTERS/Adriano Machado

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo sustentou à CPI da Covid no Senado que não considera nenhuma de suas declarações como antichinesas, levando integrantes da comissão a lembrá-lo de que é obrigado a falar a verdade no depoimento que presta nesta terça-feira ao colegiado.

No depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o ex-ministro negou que sua atuação tenha trazido qualquer "percalço" à obtenção de vacinas, principalmente em relação à China, apesar de admitir que o Itamaraty editou notas oficiais apontando o que considerou "comportamentos inadequados" do embaixador da China no Brasil.

As queixas do ex-titular do Ministério das Relações Exteriores devem-se a publicação no Twitter do embaixador da China com críticas à família do presidente Jair Bolsonaro em postagem no Twitter. O representante diplomático do país asiático no Brasil reagia a publicação anterior na rede social do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

"O embaixador da China tinha se excedido, sobretudo, ao fazer um retuíte de uma postagem ofensiva ao próprio presidente da República. Isso é importante que se lembre. O embaixador da China fez um retuíte de um tuíte que dizia, abre aspas, 'a família Bolsonaro é o veneno do Brasil', fecha aspas. Isso foi extremamente ofensivo", disse Araújo, negando, durante o depoimento à CPI, que tenha saído em defesa de Eduardo.

"Não endossávamos as declarações do Eduardo, do deputado Eduardo Bolsonaro. Lembrava, se não me engano, que existe a liberdade de expressão no Brasil e que não cabe ao governo federal cortar a liberdade de expressão, seja de um parlamentar, seja de qualquer pessoa. E enfatizava que o objetivo era preservar as ótimas relações com a China", justificou o ex-titular do Ministério das Relações Exteriores.

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Araújo reiterou, em diversos momentos, que não entende nenhuma de suas declarações como "antichinesas".

As reiteradas negativas levaram parlamentares, caso do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), a alertá-lo que precisava dizer a verdade e pedirem que não omitisse informações.

Aziz citou artigo em que o ex-chanceler faz menção a um "comunavírus", questionando-o se isso não poderia ser entendido como ofensivo ao país asiático --um dos maiores produtores de insumos para vacinas e importante parceiro comercial do Brasil.

"O senhor não acha que chamar 'comunavírus' não é uma coisa que indispõe a relação amigável que nós sempre tivemos -- comercial -- com a China? Se o senhor não acha isso, eu não sei o que mais achar", disse Aziz.

Questionado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sobre declarações do então ministro da Saúde Eduardo Pazuello segundo as quais a China não estaria dando celeridade ao envio e por isso estaria em curso uma movimentação diplomática para resolver o problema, Araújo negou que os chineses estivessem oferecendo dificuldades.

"Quando se fala em resistência, pode parecer que haja uma má vontade de alguma maneira, e isso nós nunca identificamos nas autoridades chinesas", respondeu.

Depois, em resposta ao senador governista Marcos Rogério (DEM-RO), que perguntava se seria justo atribuir à China uma atitude de boicote ao Brasil por conta de declarações do presidente ou de autoridades públicas, o ex-chanceler afirmou que o país asiático não teria interesse nenhum em espalhar a imagem de que negociam imunizantes a partir de contextos políticos.

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"A China jamais apresentou qualquer condicionamento de natureza política, comercial ou outra para a liberação das vacinas e insumos de vacinas. E o Brasil não tem por que se sentir, de nenhuma forma, discriminado pela China, muito pelo contrário. Isso foi dito por autoridades chinesas à nossa Embaixada em Pequim; foi declarado também pelo embaixador da China, em Brasília, que o Brasil foi o país que mais recebeu insumos da China em todo o mundo", alegou.

"Todo mundo acha que nós criamos problemas com a China, menos a China. As autoridades chinesas jamais nos deram indicação, direta ou indireta, de que qualquer comportamento do Governo brasileiro tivesse resultado num problema."

CORRESPONDÊNCIAS

A senadora Kátia Abreu (PP-TO), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, afirmou que o ex-chanceler é um "negacionista compulsivo" e o acusou de omissão à frente da pasta.

A parlamentar pediu que a CPI da Covid aprove pedido ao Itamaraty para que compartilhe toda a troca de correspondências da diplomacia brasileira com outros ministérios e também com embaixadas sobre a pandemia. A comissão deve analisar o pedido na quinta-feira.

Para sustentar sua fala, Kátia Abreu citou reunião ministerial em que Araújo teria feito declarações polêmicas sobre a China ao ponto de o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a retirada desse trecho da versão da reunião que foi publicizada, para evitar danos aos laços entre o Brasil e o país asiático.

A parlamentar alertou que a CPI poderia pedir a quebra do sigilo para averiguar a fala do ex-titular do Itamaraty nessa reunião. E o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou sua intenção de pedir a requisição das gravações da reunião ministerial.

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Quem pede na justiça para ficar em silêncio ou mentir, é vagabundo Em 22, seja patriota, pense no Brasil. Não vote em Lula e Bozo
se nem o presidente e a familia falam verdades porque ele ei de falar...kkkkk vai Brasil!!!
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