😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Ibovespa acumula 3º semana de alta com aposta em reação de economias a Covid-19

Publicado 05.06.2020, 17:42
Atualizado 05.06.2020, 17:45
© Reuters. Bolsa de valores de São Paulo
IBOV
-
BBAS3
-
BBDC4
-
BEEF3
-
BRFS3
-
YDUQ3
-
GOLL4
-
JBSS3
-
MRFG3
-
PETR4
-
SANB11
-
VALE3
-
CVCB3
-
KLBN11
-
BPAC11
-
AZUL4
-
SUZB3
-
SBFG3
-

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - Apostas otimistas na recuperação das economias no pós-pandemia de Covid-19 garantiram mais uma semana positiva na bolsa paulista, com o Ibovespa chegando a superar os 97 mil pontos no melhor momento desta sexta-feira, em um ambiente de elevada liquidez e taxas de juros em mínimas históricas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 0,86%, a 94.637 pontos, tendo alcançado 97.355,75 pontos na máxima da sessão. Na semana, a terceira seguida no azul, subiu 8,3%, reduzindo as perdas acumuladas no ano para cerca de 18%. O volume financeiro nesta sexta-feira foi novamente acima da média diária de 2020 e totalizou 38,4 bilhões de reais.

O Ibovespa não registrava uma sequência de seis pregões em alta desde outubro de 2019. Mas ainda segue distante da máxima intradia registrada em janeiro, de 119.593,10 pontos.

O analista de investimentos José Falcão, da Easynvest, elenca uma série de razões para a performance das ações, entre eles o sentimento e esperança de que o pior pode estar passando na crise relacionada ao Covid-19, com abertura em vários países, mesmo que os problemas ainda não estejam resolvidos.

Ele também cita a alta liquidez global, após medidas de estímulos para combater a pandemia; juros baixos, que tornam os mercados mais inclinados ao risco; ativos desvalorizados com preços e taxas atrativas em meio a crise; melhora em dados econômicas, mesmo que ainda ruins, e cena política mais calma.

Falcão ainda destaca a entrada líquida de capital externo no mercado secundário de ações no Brasil nos primeiros dias de junho. "É inegável que a bolsa brasileira está muito barata em dólar e pode ser o início de um novo fluxo de capital estrangeiro, o que é muito bem-vindo."

Em dólar, o Ibovespa acumula em 2020 declínio de mais de 30%.

De acordo com o dados mais recentes da B3 sobre a participação dos estrangeiros na bolsa, as compras superaram as vendas em 1,786 bilhão de reais nos três primeiros pregões do mês. No ano, porém, o saldo dessas operações no segmento Bovespa permanece bastante negativo, em 75 bilhões de reais.

"O Brasil tem sido um dos grandes beneficiários da melhora do apetite por risco global", destacou o BTG Pactual (SA:BPAC11) em nota enviada mais cedo pela área de gestão de recursos do banco, ponderando, contudo, que segue cauteloso com o recente rali pois o ritmo de recuperação ainda está incerto.

A equipe do BTG observa que o 'valuation' (preço) das ações está a níveis muito elevados para o retorno esperado, avaliando que o mercado está comprado em excesso e alavancado. "A percepção é que os investidores estão olhando só além da realidade e não o curto prazo."

Nos Estados Unidos, números sobre o mercado de trabalho em maio endossaram as expectativas de retomada rápida da atividade econômica ao mostrarem criação de vagas e queda na taxa de desemprego. Em Wall Street, o S&P 500 fechou com elevação de 2,6%. 

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou com elevação de 2,21% e BRADESCO PN (SA:BBDC4) subiu 1,83%, respaldados pelo clima positivo no mercado como um todo, e mais uma vez atuando como principal contribuição para a alta do Ibovespa. BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3) avançou 0,74% e SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) valorizou-se 2,27%.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) valorizou-se 3,13%, na esteira de forte alta do petróleo no exterior antes de uma reunião da Opep e seus aliados liderados pela Rússia no sábado para discutir cortes recordes na produção. A petrolífera também iniciou o processo de venda de suas participações em cinco sociedades de geração de energia elétrica.

- VALE ON (SA:VALE3) recuou 1,89%, uma vez que os contratos futuros de minério de ferro negociados na China caíram nesta sexta-feira, embora tenham registrado o quinto ganho semanal consecutivo, diante de perspectivas de demanda forte para o ingrediente siderúrgico no país, além de preocupações com a oferta do importante exportador Brasil.

- GOL (SA:GOLL4) PN disparou 9,74% após acordo com pilotos e comissários para flexibilizar jornada e salários até 2021, em medida que pode se tornar uma referência para outras empresas do setor aéreo. Dados operacionais melhores em maio ante abril no mercado doméstico e nova queda do dólar em relação ao real endossaram a alta. AZUL PN (SA:AZUL4) saltou 10,9%.

- CVC (SA:CVCB3) BRASIL ON fechou em alta de 5,61%, também apoiada nas perspectivas mais otimistas para a reabertura de economias, além do declínio de mais de 3% do dólar ante o real.

- YDUQS ON (SA:YDUQ3) avançou 9,83%, após acertar a compra da Athenas, grupo educacional com unidades em Rondônia, Acre e Mato Grosso, em transação que pode movimentar até 300 milhões de reais. "A aquisição amplia a atuação da Yduqs em regiões ainda pouco exploradas, ampliando os ganhos de sinergias", avaliou a equipe da Guide Investimentos.

- SUZANO (SA:SUZB3) ON recuou 3,89%, com exportadoras entre os destaques negativos diante da queda do dólar ante o real, com a cotação indo abaixo de 5 reais. KLABIN UNIT (SA:KLBN11) caiu 3,09%. No setor de proteínas, MARFRIG ON (SA:MRFG3) cedeu 3,57%, MINERVA ON (SA:BEEF3) perdeu 2,62%, BRF ON (SA:BRFS3) caiu 3,20% e JBS ON (SA:JBSS3) encerrou com decréscimo de 2,42%.

© Reuters. Bolsa de valores de São Paulo

- GRUPO SBF ON, que não está no Ibovespa, disparou 12,06%, maior alta do índice Small Caps, após levantar 900 milhões de reais em oferta de ações subsequente com distribuição primária, precificada a 30 reais por papel na véspera. A companhia dona da rede de lojas de artigos esportivos Centauro (SA:CNTO3) usará os recursos para financiar aquisições.

- RESTOQUE ON, que também não faz arte do Ibovespa, despencou 10,23%. A varejsta de vestuário anunciou acordo de recuperação extrajudicial envolvendo todo seu endividamento financeiro. De acordo com fonte ouvida pela Reuters, as dívidas envolvidas no acerto chegam a 1,5 bilhão de reais. No pior momento, a ação caiu 20%.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.