MUNIQUE, Alemanha (Reuters) - Os jogadores do Bayern de Munique não são máquinas e também podem ter um dia ruim, disse o técnico Julian Nagelsmann, nesta sexta-feira, em uma tentativa de explicar a chocante goleada de 5 x 0 sofrida para o Borussia Moenchengladbach na Copa da Alemanha nesta semana.
Nagelsmann, que perdeu o jogo da segunda rodada e ainda estará em quarentena no sábado, quando o Bayern visitará o Union Berlin pela liga alemã, após ter contraído a Covid-19, disse que a goleada mostrou que muitas coisas deram errado ao mesmo tempo.
Ele prometeu, no entanto, que seu time será completamente diferente contra o Union.
"Somos humanos e não máquinas", disse Nagelsmann em entrevista coletiva virtual nesta sexta-feira. "Podemos cometer erros, e combinado com um bom adversário e um dia ruim para nós, resultou em três gols em 21 minutos", afirmou.
“Mostramos que somos vulneráveis, mas é importante aprender as lições desse jogo. Foi histórico e temos que aceitar as críticas. Não há dúvidas quanto a isso", disse.
Os bávaros sofreram a derrota mais pesada de todos os tempos na Copa da Alemanha, após um início dominante na Bundesliga e na Liga dos Campeões, onde lideram o grupo, com 12 gols marcados e nenhum sofrido.
Na Bundesliga, o time já marcou 33 gols nos primeiros nove jogos para liderar a disputa pelo título.
"Não devemos nos distrair com tantos elogios, que somos o melhor time do mundo e tudo isso", disse Nagelsman.
"Temos que nos concentrar em provar o tempo todo que somos o Bayern e que realmente estamos entre as melhores equipes da Europa. Precisamos, como campeões, nos levantar novamente e vamos tentar no sábado mostrar uma reação. Ficamos todos um pouco surpresos com o que aconteceu na quarta-feira. Concordamos que isso não deve acontecer novamente, porque é muito doloroso", disse.
Os três gols de Gladbach em 21 minutos foram a primeira vez que o Bayern sofreu tantos gols neste período de tempo na Copa da Alemanha.
Mas Nagelsmann, de 34 anos, que está em sua primeira temporada no clube após passagens pelo Hoffenheim e pelo RB Leipzig, disse que não sentiu pressão adicional após a pesada derrota na Copa.
"Sempre sinto pressão e sinto-a aqui desde o primeiro dia. No Bayern temos de perseguir títulos e ganhar jogos. Sei como funciona esta profissão. Senti pressão também em todos os outros clubes", afirmou.
(Reportagem de Karolos Grohmann)