Por Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou-se nesta quinta-feira, durante depoimento à CPI da Covid no Senado, ser contra a quebra de patentes de vacinas e afirmou temer que a medida, defendida na véspera pelo presidente dos EUA, Joe Biden, possa interferir de maneira negativa no programa de imunização contra a Covid-19 do Brasil.
Em resposta ao senador Marcos Rogério (DEM-RO), Queiroga disse que a quebra de patentes é um assunto muito delicado.
"Naturalmente, isso é uma matéria mais afeta à questão das relações exteriores, mas o meu temor em relação a isso é o de não termos condições, mesmo com a quebra da patente, de produzir essas vacinas aqui no Brasil e, como o nosso programa de vacinação também está calcado em vacinas como a Pfizer e a Janssen, de isso interferir de maneira negativa no aporte de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações", disse.
"É claro que isso é uma opinião inicial. O senhor traz esse tema para mim... E eu vi que o presidente Biden se manifestou na imprensa sobre o tema. Isso carece de uma análise mais detida", reforçou.
Ao mesmo tempo, quando indagado, em outro momento, sobre sua posição sobre quebra de patentes de vacinas, o ministro declarou-se contra.