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Investing.com — A gestora norte-americana ARK Invest revisou para cima sua projeção de preço para o bitcoin no cenário otimista até o final de 2030. A estimativa anterior de US$ 1,5 milhão foi elevada para US$ 2,4 milhões, refletindo o aumento do interesse institucional e o avanço do papel da criptomoeda como uma espécie de “ouro digital”.
O estudo, assinado pelo analista David Puell, também ajustou os cenários pessimista e base. A projeção no cenário pessimista passou de US$ 300 mil para US$ 500 mil, enquanto o cenário base foi revisado de US$ 710 mil para US$ 1,2 milhão. Segundo a ARK, essas atualizações consideram a participação do bitcoin no mercado total endereçável (TAM) e seu papel crescente no sistema financeiro global.
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Demanda institucional ganha força e bitcoin é visto como proteção contra inflação e desvalorização monetária
De acordo com a análise, os investimentos institucionais estão entre os principais vetores de crescimento para o bitcoin. A ARK avalia que a criptomoeda pode atingir uma taxa de penetração de 6,5% no mercado global de ativos financeiros, estimado em cerca de US$ 200 trilhões. Esse patamar dependeria da continuidade do interesse institucional por ativos digitais.
Nos países emergentes, o bitcoin também ganha espaço como ativo de proteção. Em economias marcadas por inflação elevada e desvalorização cambial, a criptomoeda vem sendo usada para preservar patrimônio, ampliando sua demanda tanto em mercados desenvolvidos quanto em economias em desenvolvimento.
Bitcoin a US$ 2,4 milhões implicaria valor de mercado superior ao PIB somado de EUA e China
Se o cenário otimista da ARK se concretizar, com o bitcoin atingindo US$ 2,4 milhões, seu valor de mercado alcançaria US$ 49,2 trilhões. Esse nível superaria o Produto Interno Bruto (PIB) combinado de Estados Unidos e China, além de praticamente dobrar o valor de mercado atual do ouro, estimado em US$ 22,5 trilhões. Essa trajetória reforçaria a tese de que o bitcoin pode eventualmente ocupar o lugar do ouro como principal reserva de valor global.
Para atingir tais patamares, o relatório aponta que o bitcoin precisaria crescer, em média, a uma taxa composta anual entre 32% (cenário pessimista) e 53% (cenário base). Embora ambiciosas, essas taxas são vistas como factíveis diante do contexto macroeconômico atual e do aumento na aceitação da criptomoeda.
Bitcoin se recupera e volta a mirar novas máximas
Após ter recuado para US$ 75.000 recentemente, o bitcoin iniciou uma fase de recuperação nas últimas semanas. À medida que o fim de semana se aproxima, a criptomoeda volta a testar a região dos US$ 95.000, sinalizando a retomada do momentum altista.
As projeções revisadas da ARK Invest mostram que a avaliação da gestora vai além das oscilações de curto prazo, focando na transformação estrutural de longo prazo. O interesse persistente por parte dos investidores institucionais, o avanço na clareza regulatória e a busca por proteção contra riscos macroeconômicos são apontados como fundamentos centrais por trás das novas estimativas. Nesse contexto, a análise é vista como o início de um novo ciclo de projeções de longo prazo para o bitcoin.