O preço do Bitcoin (BTC) teve uma forte queda ao longo das últimas 24h, de acordo com dados do CoinMarketCap. Após o preço ter atingido quase US$ 69 mil, a criptomoeda operou em queda e chegou a atingir a região de US$ 64 mil.
Como resultado, diversas posições foram liquidadas nos mercados futuros. Segundo dados do site Bybt, houve cerca de US$ 700 milhões em posições liquidadas na quarta-feira (10). Na cotação atual, o valor corresponde a R$ 3,8 bilhões.
O preço do BTC se recupera e volta ao patamar dos US$ 65.058,8 às 13h50, mas a criptomoeda ainda opera em queda 5,10% em 24 horas.
Compradores foram liquidados
Entre os dados, 81% das liquidações vieram de posições compradas, ou seja, que estavam apostando na continuidade da alta. A maioria das operações aconteceu na Binance, enquanto a maior ordem de liquidação única aconteceu na Bitmex, e tinha um valor de face de US$ 65,66 milhões.
Curiosamente, essa posição não foi de BTC, mas sim da Cardano (ADA). Nas últimas quatro horas, a ordem representava cerca de 65% do total de liquidações da ADA.
Um indicador que estima a probabilidade de correções no mercado é a taxa de financiamento perpétuo. Essa taxa é um pagamentos periódico feito aos operadores longos ou curtos, com base na diferença entre o mercado de contrato perpétuo e o preço à vista.
As taxas de financiamento fazem o preço do contrato perpétuo futuro próximo ao preço do índice. Todas as bolsas de derivativos de criptomoeda usam taxas de financiamento para contratos perpétuos.
Antes da correção de preço, as taxas estavam subindo acima de 0,05% em várias bolsas, de acordo com dados do site laevitas.ch. Historicamente, quando as taxas de financiamento atingem mais de 0,05%, as correções costumam ocorrer. Embora durante os mercados em alta não seja incomum que as taxas de financiamento permaneçam extremamente elevadas por longos períodos de tempo.
A mudança do BTC também coincidiu com os primeiros relatos de que a gigante imobiliária chinesa China Evergrande Group (HK:3333) (OTC:EGRNY) não pagou os juros devidos em 10 de novembro. No entanto, o governo da China desmentiu a afirmação, alegando que a empresa realizou três pagamentos de sua dívida. O valor total chegou aos US$ 148,13 milhões.