Galípolo prega “vigilância” do BC do fim de 2025 a 2026 e defende manutenção da Selic
Investing.com — Apesar de uma conjuntura fundamentalista positiva para o bitcoin, com avanços na adoção institucional e um ambiente regulatório mais construtivo, analistas da Cantor Fitzgerald alertam para possíveis obstáculos no curto prazo, com base em sinais técnicos.
Brett Knoblauch, analista da casa, destacou que o ativo pode precisar revisitar níveis estratégicos de preço, como os patamares pré-eleitorais em torno de US$ 70.000 e o custo médio da MicroStrategy (NASDAQ:MSTR), estimado em cerca de US$ 66.000.
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“Apesar da narrativa estrutural para o bitcoin talvez nunca ter sido tão favorável, impulsionada por fatores institucionais e regulatórios, o panorama técnico segue desafiador. Há quem defenda que o ativo precisará testar zonas-chave antes de retomar a trajetória de alta”, pontuou Knoblauch.
Em contraste, o ouro registrou um desempenho robusto no início de 2025, com valorização acumulada de 13,9% no ano, superando o bitcoin, que no mesmo intervalo recuou exatamente na mesma magnitude. A disparidade reforça a correlação historicamente baixa entre os dois ativos.
A valorização do ouro tem sido atribuída ao aumento da busca por proteção, em meio à intensificação das disputas tarifárias promovidas pela administração Trump — um fator que ampliou a volatilidade nos mercados financeiros.
Durante períodos de instabilidade, investidores costumam recorrer ao metal como ativo de proteção. O bitcoin, por sua vez, não tem replicado esse comportamento de forma consistente.
“Por que o bitcoin não acompanha esse movimento? Nossa leitura é que o mercado ainda não assimilou plenamente o conceito do bitcoin como reserva de valor ou ativo de reserva global. A percepção predominante continua sendo a de um ativo exposto a maior risco”, avaliou Knoblauch.