O Bitcoin surgiu no momento em que a fragilidade da economia global foi exposta na crise dos subprimes. Entretanto, enquanto os defensores da maior criptomoeda do mercado acreditam que o Bitcoin traria salvação financeira, seus críticos, por outro lado, consideram-no uma farsa ou, neste caso, uma ilusão. Entre os críticos está o Banco Central Europeu (BCE), que nunca foi um grande fã do BTC e das criptomoedas em geral.
Em recente painel de discussão em Viena, Aurel Schubert, ex-diretor geral do Banco Central Europeu, aproveitou o momento de fragilidade do BTC, depois de uma queda de 45%, e atacou a criptomoeda, alegando que ela figurará no “museu das ilusões”.
“Pode ser mais cedo ou mais tarde, o Bitcoin será um desses objetos em exibição no Museu das Ilusões. Tenho certeza de que os bancos centrais e também o dinheiro fiduciário estão convencidos de que não estarão em exibição tão cedo neste mesmo museu que o Bitcoin deve habitar”, declarou.
Schubert ainda alegou que o Bitcoin mostrou que o mundo precisa de uma solução de pagamento transfronteiriço:
“Mas é claro que o mercado digital deseja e exige alguma solução de pagamento transfronteiriça rápida, segura e disponível 24/7. Temos sistemas de solução de pagamento local atuais, no entanto, eles não são globais. Eles também são compartimentados e talvez não sejam adequados para a economia globalizada”, disse.No entanto, para ele o BTC não é uma moeda nem uma solução. O ex-diretor-geral afirmou que o foco no mercado de Bitcoin estava em obter ganhos de capital e que “soa como um esquema de Ponzi”.
Os comentários do banqueiro não foram uma surpresa, já que o espaço de criptomoedas atraiu fortes críticas de banqueiros centrais de todo o mundo. Há pouco tempo, o ex-presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, já havia dito que o Bitcoin tinha pouca utilidade e era baseado apenas em especulação.