Por Senad Karaahmetovic
Enquanto o bitcoin tentava ensaiar uma recuperação e voltar para cima do nível técnico de US$ 18.000, analistas alertam que há mais espaço para perdas.
As recentes quedas foram geradas pelo colapso da exchange FTX, responsável por provocar uma desvalorização de 10% no valor do bitcoin na terça-feira.
No geral, o preço do BTC acumula uma queda de cerca de 75% desde o pico de novembro, devido principalmente à atuação de institucionais, de acordo com os estrategistas de renda variável do Morgan Stanley (NYSE:MS).
“No 3T22, mais de 80% dos volumes negociados na Coinbase foram de instituições, o oposto de 2018, quando 80% dos volumes foram com clientes de varejo”, disseram os estrategistas em nota aos clientes.
Por isso, acreditam que o varejo ainda mantém suas posições com um preço médio estimado em US$ 45.000, para quem entrou recentemente (1-1,5 anos).
“Com base nos dados de participação de mercado nos últimos anos, nos níveis de equilíbrio do bitcoin e na psicologia do mercado, acreditamos que os pequenos investidores possam começar a vender suas posições no BTC abaixo de US$ 10 mil", acrescentaram.
No que diz respeito ao quadro técnico, os estrategistas do Morgan Stanley não veem nenhum suporte importante no bitcoin antes de US$ 12.500.
Os estrategistas do Bank of America também alertaram sobre a esperança de que os mercados de criptomoedas possam se recuperar em breve.
“Embora os retornos de ações e os títulos em 2023 serão inquestionavelmente melhores do que em 2022, as feridas deste ano, aliadas aos atuais eventos de crédito ("choque de juros") apontam para uma menor tolerância ao risco por parte dos gestores financeiros no próximo ano", escreveram em nota aos clientes.
Na semana, o bitcoin acumula uma queda de mais de 16%, segundo dados da Coinbase (NASDAQ:COIN).