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Por Yasin Ebrahim
Investing.com - O rali sem precedentes do Bitcoin para acima de US$ 55.000 na sexta-feira (19) fez com que seu valor de mercado fosse bem além de US$ 1 trilhão, posicionando-se no caminho para se tornar mais valioso do que ouro ainda nesta década, à medida que sua reputação ganha força, dizem especialistas.
O par BTC/USD subiu 6,15%, para US$ 54.954, tendo atingido uma máxima de US$ 55.680 no início do dia. A alta elevou sua capitalização de mercado para US$ 1,03 trilhão, ainda um pouco distante da capitalização de mercado estimada do ouro, de cerca de US$ 10 trilhões.
Nos últimos anos, o Bitcoin teve dificuldade em conquistar Wall Street, tida como a peça final do quebra-cabeça de credibilidade necessária para que a criptomoeda se tornasse um sucesso. Mas agora, com sua reputação de valor armazenado firmemente enraizada, ela pode cumprir sua promessa de "ouro digital".
"Houve muitos 'assassinos do Bitcoin', embora nenhum tenha obtido sucesso. O Bitcoin atingiu sua velocidade de saída, então, agora, tenho 95% de convicção de que ultrapassará o ouro em capitalização de mercado nesta década", disse Luis Cuende, co-fundador da Aragon.
Conquistar instituições foi longe de ser uma jornada tranquila.
O CEO do JPMorgan (NYSE:JPM) (SA:JPMC34) Jamie Dimon uma vez classificou o Bitcoin como uma "fraude" - mas depois se desculpou - enquanto o oráculo de Omaha, Warren Buffet, da Berkshire Hathaway (NYSE:BRKb) (SA:BERK34), descreveu o Bitcoin como "veneno de rato ao quadrado".
A onda de demanda institucional sugere que a maré está mudando. Gestoras de ativos como a Blackrock (NYSE:BLK) (SA:BLAK34), que buscam diversificar seus portfólios, ou instituições como a Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), cada vez mais cautelosas com a desvalorização de títulos e dinheiro em seus balanços, estão se voltando para o Bitcoin.
Na era da flexibilização dos bancos centrais, ter uma "oferta algorítmica realmente importa", acrescentou Cuende. "Diferentemente do rali de touros de 2017, desta vez foram as instituições que acordaram para o fato de que há uma reserva de valor global e descentralizada que não pode ser controlada por um comitê composto por algumas pessoas selecionadas."
Ainda assim, a história sugere que, depois de cada rali da criptomoeda, segue-se uma correção. O do Bitcoin pode ser implacável, até drástico, mas provavelmente encontrará uma onda de demanda.
"Não consigo prever o quanto de recuo haverá, ou quando ocorrerá, mas geralmente os ativos criptográficos tendem a sobrecorrigir após um rali, caindo até -80% de sua máxima histórica. Se algo mais drástico do que isso acontecer, um recuo abaixo de US$ 30 mil é provável, mas espero que uma grande demanda de compra restaure o Bitcoin aos seus níveis de US$ 50 mil", disse Cuende.