O banco de investimento brasileiro BTG Pactual (SA:BPAC11) passará a oferecer, a partir de outubro, uma opção de investimento direto em criptomoedas.
De acordo com uma matéria do Estadão, publicada nesta segunda-feira (20), com a iniciativa, o BTG será a primeira instituição financeira brasileira a oferecer aos seus clientes essa possibilidade de investimento direto.
Além do investimento via exchanges ou P2P (peer-to-peer), atualmente, só é possível investir em criptomoedas no Brasil por meio de fundos e ETFs, que espelham os índices listados na Bolsa.
Entretanto, isso está prestes a mudar com a nova plataforma do BTG “Mynt”, que chegará ao mercado mês que vem.
Conforme revelou o BTG ao Estadão, a plataforma desenvolvida internamente vai dar acesso às moedas digitais de forma direta. Além disso, Mynt será acoplada ao BTG Digital, plataforma de investimentos do banco para o varejo.
Inicialmente, apenas Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) estarão disponíveis para compra. No entanto, o banco espera, gradativamente, expandir as opções de criptoativos para os usuários.
Segundo o sócio do BTG, André Portilho, que responde pelo setor de criptomoedas da instituição, esse assunto vem sendo discutido internamente desde 2017.
O executivo explicou que o público-alvo da plataforma não é o de usuários e entusiastas das criptomoedas. Em vez disso, o BTG espera atrair outros investidores, oferecendo a possibilidade de investir em ativos digitais com a segurança de um banco.
A plataforma também funcionará como um agregador de conteúdos sobre criptomoedas. Na Mynt haverá notícias e aulas sobre o assunto para que os clientes conheçam melhor este mercado.
“Começamos a ser questionados pelos nossos clientes por esse investimento”, afirmou Portilho.
XP também planeja plataforma
Quem também está de olho no mercado cripto é a a corretora de valores XP Investimentos.
Conforme noticiado pelo CriptoFácil em junho deste ano, a XP pode estar considerando retomar seu projeto de lançar uma plataforma de criptomoedas própria.
A saída do Itaú Unibanco da sociedade com a corretora teria tornado o cenário mais favorável para a empreitada. Conforme apurou o Estadão, a XP de Guilherme Benchimol, vem estudando a possibilidade há alguns anos.