Em mais uma investida contra o mercado de criptomoedas, a China bloqueou os principais sites agregadores de dados sobre criptoativos: CoinMaketCap e CoinGecko.
Além disso, a plataforma TradingView, que oferece gráficos interativos para o mercado, também não pode mais ser acessada pelos chineses.
De acordo com as informações do The Block, os três sites foram bloqueados pelo firewall de internet da China.
A confirmação rechaça as hipóteses anteriores que informaram que CoinGecko e CoinMarketCap haviam bloqueado IPs chineses.
“Não bloqueamos nenhum IP chinês”, disse Bobby Ong, cofundador e COO da CoinGecko. “Parece que a China está intensificando sua repressão à indústria de criptomoedas. E, desta vez, o CoinGecko foi colocada na lista de censurados, simplesmente por fornecer informações sobre o mercado cripto.”
Os bloqueios ocorrem dias depois de a China reforçar a proibição de transações com criptomoedas no país. Trata-se, obviamente, de mais uma tentativa do governo chinês de inviabilizar o acesso dos cidadãos ao mercado de moedas digitais.
De acordo com testes executados na Greatfire.org, uma ferramenta online para verificar sites censurados pelo Great Firewall da China, tanto CoinGecko quanto CoinMarketCap estão atualmente “100% bloqueados”. O mesmo se aplica ao TradingView.
Não se sabe, com precisão, quando os sites foram definitivamente bloqueados. No entanto, os usuários começaram a notar o bloqueio na manhã de terça-feira (28).
Repressão da China às criptomoedas
Conforme noticiado pelo CriptoFácil, na última sexta-feira (24), o Banco Popular da China (PBoC) divulgou uma lista de atividades proibidas relacionadas à criptomoedas. A lista inclui negociação e emissão de tokens e oferta de serviços com criptoativos por parte de exchanges estrangeiras.
Após o anúncio, o preço do Bitcoin caiu mais de 8% para cerca de US$ 41.000.
Embora a China já tenha proibido as criptomoedas pelo menos sete vezes desde 2013, o impacto no preço do BTC mostra que os anúncios ainda afeitam o mercado cripto.
Na sequência do anúncio, grandes plataformas como Binance e Huobi reagiram rapidamente, interrompendo novos registros para chineses.
Além disso, o Sparkpool, até recentemente um dos maiores pools de mineração Ethereum do mundo, anunciou que a partir de 30 de setembro descontinuará os serviços domésticos e internacionais.
Segundo a empresa, trata-se de “um esforço para estar em conformidade ao máximo com os requisitos regulatórios”.
Ao mesmo tempo, o gigante do comércio eletrônico chinês Alibaba (NYSE:BABA) (SA:BABA34) anunciou que a partir de 8 de outubro deixará de vender equipamentos de mineração de criptomoedas.