Investing.com - As principais criptomoedas estavam, após operar boa parte desta terça-feira (17) no azul, estavam mistas, com o bitcoin com leve alta de 0,24% a US$ 28.459.
Ben Laidler, estrategista de mercados globais da eToro, comenta a reação do bitcoin e do mercado de ativos digitais a qualquer fator positivo que possa aumentar a adoção dessa indústria.
Eventos positivos (catalisadores)
O bitcoin preserva hoje os ganhos obtidos desde ontem, após os rumores sobre a suposta autorização de um ETF da cripto no mercado à vista. “Essas notícias foram antecipadas, mas demonstram a responsividade da classe de ativos a qualquer fator positivo e devem incentivar os investidores diante da longa lista de possíveis catalisadores que estão por vir”, diz Laidler.
“Desde o prazo final da SEC [comissão de valores mobiliários dos EUA] para aprovar o ETF do bitcoin spot, que está previsto para janeiro de 2024, até o evento de ‘halving’ [redução] das recompensas pela mineração de blocos, esperado para março, passando pelas novas normas bancárias globais e contábeis nos EUA que facilitam a propriedade de criptomoedas. Também existe a possibilidade de vermos o primeiro banco central a anunciar e manter bitcoins em suas reservas”, acrescenta este especialista.
“O bitcoin é, de longe, o menor, o mais jovem e o mais minoritário de todas as classes de ativos, e é desproporcionalmente suscetível a qualquer sinal de desenvolvimento em seu mercado. Este ano tem se mantido na liderança em termos de rentabilidade em sua classe de ativos, mas os volumes, a volatilidade e as correlações despencaram, mesmo à medida que sua adoção global continua e um quadro regulatório desigual se desenvolve”, destaca Laidler.
Adoção
“As criptomoedas continuam sendo muito populares entre os pequenos investidores. Nossa pesquisa global mostra que são o ativo mais popular no quarto trimestre, superando dinheiro e ações, e o investidor médio possui uma alocação de 21%”, destaca Laidler.
O mais recente índice de adoção de criptomoedas mostra uma recuperação na propriedade desde os mínimos registrados no quarto trimestre do ano passado, após a queda do FTX e o último período de desempenho negativo das criptomoedas. O índice classifica os cinco países que mais adotaram as criptomoedas: Índia, Nigéria, Vietnã, EUA e Ucrânia. Os países onde as criptomoedas são proibidas ainda ocupam as primeiras posições, como Paquistão (nº 8), China (nº 11) e Marrocos (nº 20).
Regulamentação
“Um estudo sobre a regulamentação global das criptomoedas em 60 das maiores economias mostra que esses ativos são legais em mais da metade delas (ver gráfico), parcialmente proibidos em 32 e totalmente proibidos em 8, com China e Arábia Saudita liderando essa lista”, detalha Laidler.
“Dois terços desses países estão em processo de implementar grandes mudanças em suas regulamentações, e o ritmo regulatório está acelerando. Desde a entrada em vigor do regulamento MiCA da UE em junho até as diretrizes das autoridades da SEC e da CFTC nos EUA. Muitos deles possuem sandboxes regulatórios para experimentação, embora as regras de proteção ao consumidor pareçam estar atrasadas. No entanto, quase todos os países estão lançando programas de pesquisa e desenvolvimento de moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) em maior ou menor grau”, conclui o especialista da eToro.