O preço da Ether (ETH) começou 2021 em um forte ritmo de alta. A valorização foi tal que desde o dia 1 de janeiro, ela supera a alta obtida pelo Bitcoin.
A ETH já acumula 81% em comparação com o Bitcoin 26% em seus respectivos pares de dólar. Nos últimos sete dias, a alta da ETH é quase sete vezes maior que a do Bitcoin.
No momento da escrita desta matéria, o Ethereum rompeu sua máxima histórica em US$ 1.432,88.
Para muitos analistas, 2021 será um ano de crescimento explosivo para a ETH. Embora seja cedo para prever isso, os primeiros dias do ano mostram certa acurácia nessa previsão.
Sobre a alta dos últimos dias, pelo menos três razões que podem explicar esse movimento:
- Crescimento acelerado da ETH;
- Finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês);
- Baixa volatilidade do Bitcoin.
Taxas mostram crescimento da ETH
O aumento do número de usuários é mostrado pelo aumento maciço nas taxas de gas no Ethereum. Esse aumento começou nos primeiros dias do ano, como relatou o CriptoFácil.
Taxas altas costumam gerar reclamações dos usuários. No entanto, elas são um indicador de aumento no uso da rede.
Jacob Franek, um parceiro da aliança DeFi, concorda. Segundo ele, este é um fator positivo porque mostra a disposição dos usuários em pagar para usar a rede. Por isso, indica demanda genuína.
“Taxas cumulativas, sim. É a medida mais direta da disposição agregada de pagar (ou seja, demanda) por espaço de bloco. Ethereum tem o espaço de bloco mais valioso agora. Seria melhor se as taxas individuais fossem mais baixas? Sim. Isso virá com L2 e outros esforços de escala.”
DeFi impulsionam protocolo
Os tokens DeFi têm sido um fator de peso para o crescimento da ETH. Como muitos deles rodam no Ethereum, o aumento da sua demanda impulsiona a demanda por ETH também.
Alguns protocolos DeFi, como Aave e SushiSwap, quebraram recordes nos últimos dias. Os dois citados já figuram entre as 20 maiores criptomoedas do mercado, segundo o CoinMarketCap.
Neste momento, o mercado DeFi já conta com mais de US$ 24 bilhões em valor alocado. São cerca de R$ 127 bilhões na cotação atual.
Esse número é um recorde histórico, o que sinaliza uma demanda massiva. Isso é crucial para o ímpeto do Ethereum – e, particularmente, do preço da ETH.
Baixa volatilidade do Bitcoin
Como não podia deixar de ser, o Bitcoin tem influência na alta do ETH. Sendo a maior criptomoeda do mercado, essa influência não pode ser ignorada.
Ao contrário da ETH, o Bitcoin passa por um período de correção após ter atingido sua máxima histórica. E quando isso acontece, as altcoins costumam ser beneficiadas.
Por outro lado, o Bitcoin também tem apresentado uma baixa volatilidade. Atualmente, o preço do Bitcoin é negociado por volta dos R$ 188 aos R$ 195 mil.
Essa baixa volatilidade deixa muitos traders preocupados, pois há incerteza quanto ao preço. Por isso, eles costumam direcionar seus esforços para as altcoins.
“Cada vez que começo a me convencer a inclinar-se para a alta, quanto mais fico olhando para este gráfico, mais começo a ficar pessimista de novo. Eu realmente sinto que isso vai quebrar e fechamos o vermelho semanal, e não posso me arriscar”, diz o trader Jonny Moe.