Não é novidade que o chamado “inverno das criptomoedas”, ou seja, o período prolongado de baixa de preços atual, impactou empresas do setor.
Foram diversas companhias fazendo demissões em massa, enfrentando dificuldades financeiras e precisando ser “regatadas” para evitar um colapso.
Além disso, nesse cenário de baixa, muitas exchanges de criptomoedas fecharam as portas. Mais precisamente, um levantamento mostrou que, no período de 30 dias, 25 plataformas de negociação de criptoativos encerraram suas operações.
Exchanges fecham as portas
Para chegar a estes números, a Finbold analisou os dados do CoinMarketCap. Com isso, observou que no dia 6 de julho, o número de exchanges de criptomoedas a nível global era de 500. Este número já representava uma queda em relação às altas registradas nos meses anteriores, segundo a empresa.
Em seguida, ao usar uma ferramenta de arquivo da web, a Finbold determinou que o setor perdeu 25 exchanges em 30 dias, considerando que em 6 de junho, o número era de 525, segundo os dados do CoinMarketCap.
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De acordo com a Finbold, o fim dessas 25 exchanges de criptomoedas está parcialmente ligado à queda no valor do mercado geral de criptoativos.
Além disso, eles afirmam que as exchanges foram impactadas por outras condições macroeconômicas, além da queda de preço dos ativos digitais. Isso inclui, por exemplo, o aumento das taxas de juros e da inflação.
Conforme destacaram os analistas da Finbold, as empresas cripto responderam ao colapso das moedas digitais reavaliando seus planos para o futuro. Nesse cenário, enquanto algumas demitiram em massa, outras optaram por sair do setor.
“As vendas nas principais moedas digitais, como o Bitcoin, se correlacionaram com a queda mais ampla nos mercados de ações, sobretudo no setor de tecnologia. A crise se aprofundou com o colapso do ecossistema Terra (LUNA), um aspecto que pode ter erodido a confiança no setor”, analisaram.
Grandes exchanges estremecem
Como é de se imaginar, nesse contexto de “inverno cripto”, as empresas menores foram as mais afetadas pela crise. Mas isso não quer dizer que as grandes exchanges e companhias não sofreram.
A Coinbase (NASDAQ:COIN), por exemplo, demitiu 1.100 funcionários. Ou seja, cerca de 18% de sua força de trabalho. Além disso, interrompeu as contratações. O CEO da exchange, Brian Armstrong, apontou para uma possível recessão no mercado e destacou a necessidade de aumentar a eficiência.
Da mesma forma, a Gemini, a Crypto.com, a BlockFi e até mesmo a brasileira Mercado Bitcoin, também tiveram que fazer cortes de pessoal.
Para alguns players do mercado, essa “limpa” de empresas não é algo ruim. Em vez disso, é uma boa chance de eliminar projetos ruins do mercado.