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John McAfee diz que criptomoedas serão próxima revolução cubana

Publicado 05.07.2019, 18:12
Atualizado 05.07.2019, 18:16
John McAfee diz que criptomoedas serão próxima revolução cubana

Por Sarah Marsh

HAVANA (Reuters) - Fugido de autoridades da receita federal dos Estados Unidos, o guru de tecnologia John McAfee fuma um charuto a bordo de seu iate num cais de Havana e diz que pode ajudar Cuba a contornar o cerco do governo norte-americano com a ajuda de uma criptomoeda que derrotaria o embargo comercial imposto por Washington.

    Criador do antivírus com seu nome para computadores na década de 1980, McAfee citou em entrevista o nível de anonimato que pode ser obtido com uma moeda digital e ressaltou sua crença de que o imposto de renda é ilegal. Ele também disse que pretende concorrer a partir de Cuba à nomeação para uma candidatura à presidência dos EUA pelo Partido Libertário.

   "Seria simples passar pelo embargo do governo dos EUA com o uso de um sistema inteligente de moeda", disse McAfee, de 73 anos. "Então eu fiz uma oferta formal para ajudá-los de graça ... por meio de um canal privado no Twitter."

O governo cubano afirmou no início desta semana que estuda o uso de criptomoedas para aliviar a crise econômica agravada por sanções impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Países sob sanções dos EUA, como Irã e Venezuela, lançaram a ideia de usarem moeda digital para fazerem comércio, mas nenhum plano parece ter saído do papel ainda.

"Você não pode simplesmente criar uma moeda e esperar que ela voe sozinha. Você tem que fundá-la sob um blockchain apropriado, estruturá-lo de uma maneira que cumpra necessidades específicas de um país ou situação econômica", disse McAfee. "Há provavelmente menos de 10 pessoas no mundo que sabem como fazer isso e eu sou certamente uma delas."

Com ele no iate estão sua esposa, quatro cachorros, dois seguranças e sete pessoas de sua equipe "no exílio" para a campanha pela nomeação pelo Partido Libertário, disse McAfee. Ele concorreu em 2016 e ficou em terceiro lugar.

McAfee diz que não paga imposto de renda há oito anos por motivos ideológicos e que por isso foi indiciado. A receita federal dos EUA não comentou o assunto.

Para evitar julgamento, ele saiu dos EUA em janeiro em direção às Bahamas. Ele chegou a Cuba no mês passado depois de suspeitar que autoridades norte-americanas estavam tentando extraditá-lo das Bahamas.

A história de McAfee não é nada comum. Seu passado inclui uma fuga de Belize onde morou por vários anos depois que a polícia o buscou para interrogatório sobre o assassinato de um vizinho em 2012. Ele também conheceu sua esposa, Janice McAfee, quando ela ofereceu serviços de prostituta quando ele fugia. Ele também disse no Twitter no ano passado que é pai de 47 filhos.

    O especialista em cibersegurança afirmou que espera que Cuba lhe conceda um visto de visitante por tempo indeterminado, o que quebraria uma proibição dos EUA imposta no mês passado para embarcações de recreação visitarem a ilha.

    McAfee planeja usar mídia social, onde tem 1 milhão de seguidores no Twitter, para fazer campanha pela nomeação pelo Partido Libertário. Milhares de voluntários usando máscaras com seu rosto vão fazer campanha para ele nos EUA e no exterior, disse McAfee.

Ele acredita que Cuba nunca vai extraditá-lo para os EUA. Tanto Cuba quanto EUA têm uma história em proteger indivíduos procurados um pelo outro por crimes com conotação política, segundo o advogado Pedro Freyre.

    Apesar disso a cooperação em investigações criminais melhorou desde 2014. Cuba extraditou no ano passado um cidadão dos EUA acusado de assassinar sua namorada.

Representantes dos governos de Cuba e dos EUA não responderam a pedidos de comentários.

    "Eles apenas querem me colocar na cadeia e não me deixar falar de novo", disse McAfee. "Eu não vou permitir isso porque tenho muito a dizer."

(Por Sarah Marsh)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753)) REUTERS AAJ AAP

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