Após um ano de crescimento quase ininterrupto, os fundos depositados em protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) atingiram os níveis de um ano atrás.
O bear market (mercado de baixa) das criptomoedas e a queda do ecossistema Terra surgem como as principais explicações para a queda.
Hoje, o setor de DeFi acumula um valor total bloqueado (TVL) de US$ 110,77 bilhões. A última vez que o valor esteve nesse patamar foi em julho de 2021, depois de passar dois meses com média desse valor, segundo dados do DeFi Llama.
As condições ruins do mercado são a provável explicação para essa baixa. Afinal, à medida que o preço das principais criptomoedas caiu, caíram também os depósitos em dólares em protocolos DeFi.
Em outras palavras, embora as criptomoedas depositadas permaneçam as mesmas, seu preço é menor e, portanto, acumulam menos TVL.
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DeFi cai para níveis de um ano atrás
Outro fato que marca a jornada do DeFi este ano (e certamente continuará marcando) é o desastre da rede Terra. Isso inclui suas criptomoedas Terra USD (UST) e LUNA, bem como o restante de seu ecossistema, incluindo o protocolo DeFi Anchor.
O colapso pode ser considerado um fator de peso para a situação atual do DeFi, cujos números começaram a cair expressivamente em 7 de maio, horas após o início da crise com UST e LUNA.
Com uma perda de mais de US$ 27,6 bilhões de capital investido em seus protocolos financeiros descentralizados, a Terra passou de segunda rede em DeFi, atrás apenas do líder indiscutível Ethereum, para a décima quinta posição neste índice.
Atualmente, Terra tem US$ 392 milhões bloqueados em seus protocolos. O valor que está longe dos US$ 28,67 bilhões que tinha na primeira semana de maio.
Enquanto isso, em termos percentuais, a rede chegou a dominar 14% do espectro financeiro descentralizado. Mas agora chega a apenas 0,46% nesse quesito.