Investing.com - O provável colapso permanente da stablecoin TerraUSD (UST/USD) e da criptomoeda LUNA enviou ondas de choque pelo mercado de criptomoedas, diminuindo em grande parte a escassa confiança dos investidores em ativos digitais, como o Bitcoin, que ainda não consegue ficar permanentemente acima de US$ 30.000.
Assim, muitos estão se perguntando de onde virá a próxima catástrofe no mundo diversificado das criptomoedas e ativos que evoluem em blockchains.
Em nota publicada ontem, o Morgan Stanley (NYSE:MS) forneceu algumas respostas:
“Áreas populares e alavancadas de criptomoedas, como finanças descentralizadas (DeFi) e stablecoins apoiadas por criptomoedas, estão vendo vendas massivas à medida que fica mais claro que todos os preços altos foram negociados em especulação, com demanda real limitada do usuário”, escreveu o banco.
O Morgan Stanley também apontou para tokens não fungíveis (NFTs) e terrenos virtuais comprados em metaversos, que dizem ter sido objeto de muita especulação e influxo, apontando que a razão pela qual a maioria das pessoas comprou esses ativos foi a esperança de que pudesse revendê-los por preço mais alto.
Em relação ao caso da rede Terra, o banco julgou que os mercados ficaram chocados com o colapso da TerraUSD, a terceira maior stablecoin, apontando que as stablecoins lastreadas em criptomoedas se tornaram uma parte importante da alavancagem construída dentro do ecossistema DeFi.
Esse cataclismo, diz o banco, levou a uma "reavaliação mais ampla de onde muitos preços de criptomoedas deveriam ser negociados", um sentimento reforçado pelo fato de o Federal Reserve Fed dos EUA estar retirando liquidez, acrescenta a nota.
O banco de fato explicou que o aumento maciço na capitalização de mercado das stablecoins por 30 desde o início de 2020 elevou o preço das criptomoedas, já que as stablecoins foram responsáveis por fornecer grande parte da liquidez e alavancagem.
*Publicado originalmente no Investing.com França