O mercado de criptomoedas está passando por um ano de vendas e quedas. O cenário ruim é reflexo também de fatores macroeconômicos e do colapso de pelo menos três importantes projetos de criptoativos ao longo do ano.
Esperava-se que o colapso de tais projetos levasse o valor dos respectivos tokens a quase zero. No entanto, este não é o caso, considerando que as moedas em questão estão se recuperando para desafiar a tendência atual do mercado.
Por exemplo, o CEL, token nativo da agora falida plataforma de empréstimo de criptomoedas Celsius subiu 29,29% nos últimos sete dias. Na mesma linha, a stablecoin Terra Classic USD (USTC), da “falecida” Terra Classic, subiu 27,03% no mesmo período.
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Mortos-vivos
Mas quem lidera os aumentos semanais é o Terra Classic (LUNC), com mais de 90,04% de valorização no período. Somente em agosto, o LUNC registrou uma entrada de mais de US$ 1 bilhão.
Com base no rali dos tokens, pode-se supor que os respectivos membros da comunidade ainda têm esperança de recuperar o seu investimento. Um exemplo notável disso é o rally do CEL, em que os usuários se uniram na tentativa de ajudar a Celsius a sair do estado de falência.
“A crença de recuperar o status perdido potencialmente emana do suporte contínuo por grandes exchanges”, disse Justinas Baltrusaitis.
De acordo com Baltrusaitisv, a comunidade está animada para recuperar as criptomoedas “mortas”. Os três tokens citados, por exemplo, estão registrando aumento da atividade de blockchain na tentativa de recuperar a utilidade.
“Por exemplo, há uma nova proposta de queima de 1,2% para o LUNC com o objetivo de reduzir sua oferta. A proposta indica, então, que as taxas servirão para queimar tokens, assim como ocorre com o Ethereum. As taxas serão aplicadas em todo o ecossistema: atividades on-chain, transferência de dinheiro entre carteiras e interação com contratos inteligentes”, afirmou.