O ano de 2020 foi marcado pelo uso do Bitcoin como estratégia de investimento por empresas. Levando isso em conta, estrategistas do banco JPMorgan (NYSE:JPM) (SA:JPMC34) fizeram uma análise sobre o investimento em Bitcoin.
A análise foi divulgada pela Bloomberg na quinta-feira (25). Seus autores foram as analistas Joyce Chang e Amy Ho, responsáveis pela parte de estratégias do banco.
Alocação moderada, porém eficiente
Nela, as analistas sugeriram uma alocação de capital na criptomoeda, ainda que moderada. O valor, segundo eles, seria de apenas 1% do portfólio para Bitcoin.
No entanto, esta alocação já teria um forte impacto. Ela serviria como uma proteção contra flutuações em classes de ativos tradicionais, como ações, títulos e commodities, afirmam os analistas.
“Em um portfólio de múltiplos ativos, os investidores provavelmente podem adicionar até 1% de sua alocação em criptomoedas, a fim de obter qualquer ganho de eficiência nos retornos ajustados ao risco geral do portfólio”, disseram.
Chang e Ho explicaram o motivo do baixo percentual sugerido. Eles afirma que serviria para mitigar o risco de qualquer grande queda no valor do Bitcoin. Nas últimas 24 horas, a criptomoeda se desvalorizou cerca de 7,7%.
Endosso de grandes empresas
O endosso vem por trás de grandes investimentos em Bitcoin feitos em 2020 por empresas e gestores. Essa movimentação foi responsável pela entrada de bilhões de dólares no mercado de criptomoedas.
Paul Tudor Jones, Stanley Druckenmiller, Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) e MicroStrategy (NASDAQ:MSTR) foram alguns dos exemplos citados. Os dois últimos foram responsáveis pelas duas maiores compras de Bitcoin já realizadas.
O relatório também citou o banco norte-americano BNY Mellon (NYSE:BK) (SA:BONY34). A instituição revelou planos de criar um serviço de custódia para Bitcoin.
Em outras palavras, o relatório cita não apenas exemplos de investidores, como também de crescimento do ecossistema. Cada vez mais serviços e produtos voltados para o Bitcoin são lançados no mercado.
Os analistas acrescentaram que as criptomoedas devem ser tratadas como veículos de investimento, e não como moedas fiduciárias. Esta dúvida de tratamento é um ponto de discussão entre os reguladores, que tentam criar leis que encaixem as criptomoedas.
Potencial de grande crescimento
As compras de criptomoedas aumentaram em 2021, e não foram apenas grandes investidores que adquiriram. Na plataforma Robinhood, cerca de 6 milhões de novos usuários compraram criptomoedas apenas nos primeiros 2 meses deste ano.
Cathie Wood, da Ark Investment Management, observou que se todas as corporações colocassem 10% de seu dinheiro em Bitcoin, isso acrescentaria US$ 200 mil ao preço.
Atualmente, o Bitcoin vale cerca de US$ 47 mil (R$ 260 mil na cotação em reais).