Golpes de criptomoedas envolvendo brindes falsos no YouTube se tornaram uma das maiores pragas virtuais em 2022. De acordo com um relatório do Group-IB, este tipo de crime na internet aumentou mais de 335%.
O relatório revela que nos primeiros seis meses deste ano, o Group-IB identificou mais de 2.000 contas falsas na rede social, representando um salto de 335% em relação ao volume registrado em 2021.
Ainda segundo o relatório, a maioria das operações são feitas por hackers russos. No entanto, os alvos preferidos dos hackers são as pessoas que falam inglês e espanhol.
Em fevereiro deste ano, os pesquisadores também descobriram um aumento no número de golpes de criptomoedas em live falsas. As transmissões falsas do YouTube mostram figuras proeminentes como Elon Musk, Christian Ronaldo e Brad Garlinghouse, por exemplo, para atrair pessoas para golpes.
Golpes
O popular youtuber Scuba Jake confirmou que seu canal, que tem mais de 1,75 bilhão de visualizações, foi hackeado. E, no ataque, os hackers criaram uma live com links para sites de phishing ou promovem moedas que são scam.
Conforme informou o Group-IB, há um mercado ativo de infraestrutura para este tipo de golpe. Isso porque a Deep Web possui várias ofertas de software necessários para criar um site falso de criptomoeda e para hackear youtubers.
“Os golpes destinados a entusiastas de criptomoedas estão se tornando mais prevalentes e sua amplitude e sofisticação estão se expandindo” disse a empresa.
A empresa de segurança cibernética observou ainda que os golpes de doação de criptomoedas evoluíram. Agora eles são “um segmento de mercado ilícito lucrativo, onde pequenos golpistas e cibercriminosos mais sofisticados trabalham juntos para sistematizar e melhorar as operações”.
Por fim, o Group-IB afirmou que os criminosos geram até hologramas para enganar as vítimas. Ainda segundo a empresa, um vídeo deepfake representando uma celebridade custa aproximadamente US$ 30 para ser produzido na deepweb.