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O mercado cripto está em constante evolução, e desde que o bitcoin foi criado há 13 anos, muita coisa mudou. Nos últimos dois anos, o termo finanças descentralizadas (DeFi) se transformou em um dos assuntos mais comentados por aqueles que investem em criptoativos.
Antes de entender o que são pools de liquidez, é preciso compreender o conceito de DeFi. Finanças descentralizadas são projetos e ferramentas que foram criadas para dar suporte à economia digital, realizando tarefas conhecidas no mercado financeiro tradicional.
Por meio de projetos DeFi, protocolos de empréstimos, de transações e de emissão de tokens ganharam vida no mercado cripto, por exemplo. Como o próprio termo diz, essas plataformas são conhecidas por sua descentralização de dados.
O conceito de DeFi permitiu ainda a criação dos pools de liquidez. Na tradução do inglês, o termo significa ‘piscinas de liquidez’, um termo figurativo que expressa a alocação de criptoativos em um protocolo de validação de dados em uma rede blockchain.
Agora que você já entendeu mais sobre DeFi, vamos entrar nos detalhes dos pools de liquidez.
O que é um pool de liquidez? O termo pool de liquidez está intrinsecamente ligado a um mecanismo de consenso de validação de informações em uma rede blockchain conhecido como proof of stake (PoS), ou ainda, prova de participação. É por meio desse local, que agrupa tokens e criptoativos, que transações e contratos inteligentes podem ser validados.
Na prática, os pools fornecem liquidez para blocos de dados gerados pelo uso do protocolo proof of stake. É usando o saldo dentro dessas ‘piscinas’, que redes como a Ethereum podem validar transações e contratos inteligentes.
Ao contrário da atividade de mineração de dados, que utiliza o mecanismo de prova de trabalho (PoW), os pools de liquidez dispensam os mineradores e servem como suporte para o protocolo de prova de participação.
Além de oferecer liquidez para redes blockchains que usam o mecanismo PoS, as pools de liquidez podem ser usadas por ferramentas DeFi, aplicativos descentralizados (D’Apps) e até exchanges descentralizadas (DEX).
Qual é o objetivo de um pool de liquidez? O principal objetivo de um protocolo de pool de liquidez é fornecer saldo suficiente para uma plataforma validar suas transações na rede. Dessa forma, um pool de liquidez torna-se fundamental para a sobrevivência desses projetos, que são integrados a mecanismos de prova de participação.
As plataformas de pool de liquidez utilizam apenas criptoativos e tokens que são armazenados nela. Para redes blockchains, esse conceito serve para validar transações, contratos inteligentes e garantir a geração de novos blocos de dados.
Por outro lado, pools de liquidez podem representar um tipo de investimento para os usuários. Tal como a mineração, onde o minerador recebe uma recompensa pelo seu trabalho, no pool de liquidez o detentor dos tokens e dos criptoativos é quem recebe esse tipo de gratificação, por fornecer liquidez para projetos de finanças descentralizadas.
Como um pool de liquidez funciona?
Um dos maiores desafios de projetos no mercado cripto consiste em garantir liquidez plena para sua rede. Os pools de liquidez foram criados para suprir essa demanda, fornecendo liquidez para a rede por meio de tokens e criptoativos alocados por terceiros.
Na maioria das vezes, um pool de liquidez representa um par de negociação de criptoativos no mercado. Portanto, o usuário pode fornecer liquidez para a plataforma apenas se tiver os tokens representados naquele tipo de negociação.
Por exemplo, em um pool de liquidez entre bitcoin (BTC) e tether (USDT), o usuário precisa depositar os dois criptoativos, em uma proporção 50/50. Depois disso, ele receberá tokens de provedor de liquidez do pool.
Mas, a recompensa por ‘emprestar’ seu saldo para a plataforma pode ser paga em outro tipo de token. No caso de usar um pool de liquidez da exchange descentralizada SushiSwap, por exemplo, o usuário receberá a recompensa em sushi (SUSHI).
Quais são os prós e os contras de um pool de liquidez? O pool de liquidez oferece mais autonomia para plataformas descentralizadas. O saldo mantido por usuários dispensa a centralização de dados e o controle do protocolo por terceiros.
Sendo assim, as transações tendem a acontecer normalmente, sem nenhum tipo de supervisão. Desse modo, os pools de liquidez podem ser mais rápidos no que diz respeito ao processamento de dados na rede, além de garantir mais liquidez para projetos do mercado cripto.
Os pools de liquidez também representam mais segurança e autonomia para redes blockchain. Quase todos eles são criados a partir de contratos inteligentes, que são públicos e qualquer um pode acessar.
Mesmo apostando na descentralização de dados, pools de liquidez ainda são controlados por um grupo de usuários que representam os fundos ali alocados, o que seria um dos motivos contra esse tipo de validação de dados.
Além disso, a falta de gerenciamento centralizado pode ser uma vulnerabilidade aproveitada por criminosos, conhecidos como hackers. Qualquer falha em um pool de liquidez pode expor o saldo dos usuários a ataques cibernéticos.
Pools de liquidez ainda podem sofrer fraudes de seus próprios criadores, onde golpes como ‘puxão de tapete’ e ‘de saída’ são comuns. No puxão de tapete, o desenvolvedor do projeto desvela-se um golpista, retirando os fundos que estão no protocolo.
Já no golpe de saída, o desenvolvedor do pool de liquidez espera atrair o saldo de investidores para depois abandonar o projeto, retirando todos os valores antes de anunciar a fraude.
Em quais plataformas os pools de liquidez estão disponíveis? Os tokens armazenados em pools de liquidez são conhecidos como ‘valor total bloqueado’ (TVL, em sua sigla em inglês). Atualmente, existem mais de US$ 220 bilhões em criptoativos e tokens armazenados nessas ‘piscinas’.
Os pools de liquidez são usados praticamente em todas as plataformas DeFis. Uma exchange descentralizada, por exemplo, não funcionaria sem esse mecanismo, já que não conta com livro de ofertas como uma exchange centralizada.
Além de DEXs, redes blockchains podem ser alimentadas por pools de liquidez. Esse é o caso do protocolo Aave, por exemplo. São contratos inteligentes que determinam onde eles serão usados.
Por fim, os aplicativos descentralizados são outras plataformas que necessitam de pools de liquidez. Os dApps podem tanto ter sua própria ‘piscina de criptoativos’ como também manter uma integração com outra plataforma, que fornece liquidez usando esses pools com tokens e criptoativos.