A QR Asset Management, gestora da holding QR Capital, lançou nesta terça-feira (08) o primeiro ETF 100% investido em protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) a ser listado na B3 (SA:B3SA3).
O novo fundo será listado com o código QDFI11 e acompanha o Bloomberg Galaxy DeFi Index. Dessa forma, o fundo oferece exposição de forma regulada, segura e acessível aos principais protocolos de DeFi.
Embora utilize um índice como referência, o ETF compra os ativos diretamente no exterior, sem uso de estrutura off-shore. Atualmente, o Bloomberg Galaxy DeFi Index conta com nove protocolos de finanças descentralizadas:
- Uniswap (UNI);
- Aave (AAVE);
- MakerDao (MKR);
- Compound (COMP);
- Yearn.finance (YFI);
- SushiSwap (SUSHI);
- 0X (ZRX);
- Synthetix (SNX);
- Curve Finance (CRV).
Lançado em listagem direta com preço inicial de R$ 10, o fundo está disponível para o público geral e tem taxa de administração de 0,9% ao ano. Seu patrimônio líquido atingiu R$ 39 milhões na estreia das cotas na B3.
Criptoativos amadurecem no Brasil
O QDFI11 se apresenta como mais uma alternativa regulada para investidores que gostariam de explorar o mercado de criptoativos. Ao mesmo tempo, este fundo traz uma diversificação ainda maior para o mercado brasileiro.
Nesse sentido, o Brasil já conta com ETFs das mais diversas áreas. A própria QR Asset, por exemplo, conta com ETFs que investem 100% em Bitcoin (SA:QBTC11) e Ether (SA:QETH11). Por outro lado, gestoras como a Hashdex também contam com diversos ETFs em seus portfólios.
A fim de proteger o risco de descolamento decorrente da exposição cambial, o QDFI11 poderá negociar posições compradas no mercado futuro de dólar. Mas essas compras sempre obedecerão os limites previstos no regulamento do fundo.
Além disso, o ETF se baseia em um dos índices de referência mais maduros da categoria, o Bloomberg Galaxy DeFi Index, elaborado pela Bloomberg em parceria com a Galaxy Digital. O índice segue alguns critérios para determinar quais ativos serão incluídos ou não, como por exemplo:
- o ativo deve ser negociado e custodiado por instituições reguladas;
- deve ter ao menos três fontes de preço aprovadas pela Digital Asset Research;
- precisa atender aos critérios de elegibilidade por três meses consecutivos antes de ser incluído no índice.
Avanços das DeFi
Para Fernando Carvalho, CEO da QR Capital, o lançamento do fundo é um passo importante para a maturação do mercado de criptoativos. Ele sustenta que a aprovação de um novo produto que oferece exposição regulada e protegida a novos tipos de ativos do universo cripto é mais um recado ao mercado da economia tradicional.
Os ETFs de bitcoin e ethereum foram apenas a entrada para um universo de investimentos muito mais rico e diverso. Agora é a vez do QDFI11. Cada vez mais, os investidores passarão a ter acesso a produtos inovadores e disruptivos com o aval dos reguladores. Está em nosso DNA abrir portas entre o mercado tradicional e o novo mercado tecnológico de blockchain e web 3.0.