Nos úiltimos dias de maio, o preço do Bitcoin (BTC) tentou se recuperar e se valorizou quase 12%. Como resultado, a criptomoeda saiu de menos de US$ 29 mil para um pouco acima de US$ 32 mil na terça -feira (31).
Infelizmente, porém, os compradores não tiveram força suficiente para sustentar a valorização. Por isso, o mercado praticamente devolveu todos os ganhos a partir do início de junho. Nesta sexta-feira (3), o preço voltou a cair abaixo dos US$ 30 mil.
O único alento é que o BTC opera com ganho de 0,09% na semana; portanto, interrompendo a sequência de nove desvalorizações semanais. A empresa de análise de dados CryptoQuant revelou três razões para a desvalorização, e que podem desencadear novas baixas:
- mais BTC nas exchanges;
- falta de força das baleias;
- maior pressão de venda.
Aumento de reservas nas exchanges
O primeiro e mais relevante sinal de queda é o aumento das reservas de BTC nas exchanges. Como essas plataformas não são carteiras, grandes investidores só movimentam BTC para as exchanges com um objetivo: vender.
Por razões óbvias, o BTC guardado em exchanges é muito mais fácil de liquidar em comparação com o armazenado em carteiras offline. Nesse sentido, o aumento do fluxo para as exchanges é a razão pela qual os analistas consideram que o mercado está em tendência de queda.
O preço do BTC aumentou, mas ao mesmo tempo, o número de BTC nas exchanges também subiu. Ou seja, os grandes investidores não demonstraram otimismo com essa valorização, o que explica a correção que veio em seguida.
Além disso, este padrão traz outro sinal preocupante. Mostra que eles estão “vendendo na alta”, ou seja, realizando pequenos lucros, em vez de se prepararem para novas valorizações.
Baleias que não estão apoiando a mudança
Usando com base o mesmo dado acima, os analistas da CryptoQuant ressaltam que os grandes investidores, conhecidos como baleias, estão ativos. No entanto, não se trata de uma atividade sustentável, mas sim de um alerta.
“A taxa de baleia na troca de pontos é muito ativa na zona de alerta”, diz o relatório.
Juntamente com o fato de que os suprimentos percebidos de endereços com um “saldo entre US$ 1 milhão e US$ 100 milhões não estão recebendo nenhum movimento positivo”. Isto é, os aumentos nos fluxos para grandes carteiras são apenas pontuais.
Com um fluxo menor, o dado indica que as baleias não estão por trás desse aumento mais recente. Logo, não se trata de uma valorização duradoura o suficiente.
Flow spot pouco convincente
Se as reservas nas exchanegs quantos BTC estão sendo mandados para eventuais vendas, o flow spot fazem uma relação entre o fluxo de criptomoedas para dentro e fora das plataformas.
Nesse sentido, a relação envolve cálculos simples de soma e subtração. Se a quantidade de entradas for maior que a quantidade de saídas, há um fluxo positivo. Embora tenha o nome positivo, esse é um indicador baixa, pois os detentores estão enviando BTC com o objetivo de venda.
“Altos valores do NetFlow indicam aumento da pressão de venda. A entrada domina completamente a saída, atualmente”, observaram os analistas.
Para concluir, o índice estimado de alavancagem também atingiu uma nova alta histórica. Ou seja, existem muitas posições alavancadas no mercado. Nesse cenário, uma desvalorização do BTC pode gerar um efeito cascata de liquidações, afetando completamente o mercado.