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A AutoStore Holdings teve suas ações disparando mais de 30% na quinta-feira, após a empresa norueguesa de automação de armazéns surpreender com uma forte recuperação no segundo trimestre, apresentando EBITDA ajustado 128% acima do consenso e receita 44% superior às previsões.
A empresa norueguesa reportou EBITDA ajustado de US$ 64 milhões, queda de 15% em relação ao ano anterior, mas 128% acima das estimativas de consenso de US$ 28 milhões.
As margens de EBITDA ajustado atingiram 48%, quase o dobro do trimestre anterior, auxiliadas por US$ 10 milhões em ganhos de eficiência.
O lucro bruto foi de US$ 92 milhões, 36% acima das previsões, com uma margem de 69% que foi reduzida por baixas de estoque relacionadas à descontinuação do robô Black Line. Excluindo esses encargos, as margens brutas foram de 75%.
A receita totalizou US$ 134 milhões, queda de 13% em relação ao ano anterior, mas 44% superior às projeções de consenso de US$ 93 milhões e aumento de 56% sequencialmente após um fraco primeiro trimestre.
Os pedidos alcançaram US$ 150 milhões, aumento de 6% em relação ao ano passado e 28% acima das expectativas, enquanto a carteira de pedidos subiu para US$ 529 milhões, 11% maior em relação ao ano anterior e 3% acima sequencialmente.
A relação entre pedidos e faturamento ficou em 1,12. O AutoStore as a Service gerou US$ 7 milhões em novos contratos durante o trimestre.
Os resultados regionais mostraram queda de 3% na receita da EMEA em relação ao ano anterior, com a América do Norte recuando 31% e a Ásia-Pacífico 36%.
A administração citou as contínuas perturbações geopolíticas, macroeconômicas e comerciais como fatores que prolongam os ciclos de decisão dos clientes e atrasam as entregas de projetos.
A empresa não forneceu orientações para o ano inteiro, apontando para a incerteza nas condições de mercado.
As previsões de consenso projetam US$ 419 milhões em receita, queda de 30% em relação ao ano passado, e EBITDA de US$ 140 milhões, implicando uma margem de 33%, cerca de 14 pontos percentuais abaixo de 2024.
"Apesar da falta de orientação e alta volatilidade no modelo de negócios, ainda esperaríamos revisões para cima de dois dígitos no consenso da empresa, que projeta US$ 419 milhões em receitas (-30% ano a ano) e EBITDA de US$ 140 milhões, implicando margens de 33% (queda de ~14 pontos percentuais ano a ano)", disseram analistas da Jefferies em uma nota.