Por Johanna Decorse
TOULOUSE, França (Reuters) - A Airbus colocará cerca de 3 mil funcionários na França de licença por quatro semanas a partir de segunda-feira, usando um esquema apoiado pelo governo, informou a fabricante de aviões nesta sexta-feira, em seu mais recente esforço para lidar com a crise do coronavírus.
A empresa disse que as medidas se aplicam a quem não pode trabalhar porque suas estações de trabalho "não podem ser totalmente protegidas", segundo as medidas de saúde impostas durante um bloqueio em vigor em todo o país desde 17 de março.
Confirmando reportagem da Reuters, a empresa disse que cerca de 3 mil trabalhadores seriam afetados em fábricas em Toulouse, Nantes e Saint-Nazaire.
O sindicato CGT disse que isso representa 20% da força de trabalho da Airbus na França. A fabricante de aviões emprega 130 mil pessoas em todo o mundo.
A Airbus anunciou planos de reduzir a produção de aviões a jato em pelo menos um terço após o colapso da demanda por viagens aéreas.
A Airbus disse que o plano de licença ou "atividade parcial" pode ser estendido para além da data final prevista para 17 de maio, se necessário, para lidar com uma desaceleração sem precedentes e com taxas de produção recentemente reduzidas.
O esquema de "atividade parcial" ou "desemprego parcial", disponível para empresas na França, permite que as empresas reduzam o horário de trabalho e forneçam aos trabalhadores uma compensação parcial que pode ser recuperada pelo governo.
Os sindicatos apoiaram o esquema que, segundo fontes, permitiria que os funcionários recebessem 92% de seu salário habitual durante a licença.