Alckmin: lei da reciprocidade será aplicada no devido tempo, mas ideia é resolver na negociação

Publicado 01.09.2025, 18:37
Atualizado 01.09.2025, 22:10
Alckmin: lei da reciprocidade será aplicada no devido tempo, mas ideia é resolver na negociação

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira, 1º, que "vai ter espaço" para se buscar entendimento com os Estados Unidos. Ele indicou que, antes da aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica, em resposta ao tarifaço aplicado pelo governo americano a produtos brasileiros, o governo brasileiro aposta em uma negociação com os EUA.

"A lei da reciprocidade, uma belíssima lei, será aplicada no seu devido tempo, mas o que nós queremos é resolver através da negociação", disse Alckmin à CNN Brasil.

Na última quinta-feira, 28, como revelou o Estadão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o Itamaraty a acionar a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para iniciar consultas, investigações e medidas com vistas à aplicação de medidas de reciprocidade contra os EUA.

Alckmin anunciou que será publicada nesta terça-feira, 2, a portaria com a suspensão do pagamento de tributos previstos no regime de drawback.

"As empresas vão ter um ano sem precisar pagar o imposto, nem precisar pagar a multa e podem exportar tanto para os Estados Unidos quanto para outros países. Esse era o pleito do setor produtivo, que amanhã estará resolvido com a publicação do drawback".

Alckmin afirmou que o Brasil busca aproximações tanto com os Estados Unidos quanto com a China, mesmo no cenário de tarifaço americano. Após ser questionado sobre a aproximação com o país asiático, Alckmin disse que o Brasil "não tem litígio com ninguém", apenas faz a defesa de sua soberania.

"A tarefa é nos aproximarmos dos dois, não é incompatível. A China é o maior comprador do Brasil, é o maior parceiro comercial. Os Estados Unidos são o maior investidor no Brasil. O que nós queremos é um ótimo relacionamento com a China", afirmou, listando alguns investimentos recentes dos chineses no País.

Sobre os EUA, ele citou as mais de 3.500 empresas americanas presentes no Brasil. E sintetizou: "Nós queremos é fortalecer essa complementaridade econômica".

Viagem ao México

Sobre a viagem feita ao México, na semana passada, o vice-presidente fez um balanço positivo da missão do governo brasileiro, sustentando que há afinidade entre os dois países, por serem as maiores economias da América Latina e as duas maiores democracias da região.

"Eu diria que foi uma viagem muito proveitosa, com bons resultados para o agro, bons resultados para serviços e investimentos", defendeu. "Tem muito espaço para complementaridade econômica."

Big techs

O vice também comentou sobre a reunião recente que teve com representantes das big techs e disse que o mundo inteiro discute a regulação das empresas de tecnologia.

"Esse é um tema que o mundo está discutindo, estão sendo estabelecidas regras mínimas para ter cuidado com o conjunto da sociedade", pontuou.

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