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(Reuters) - O Itaú Unibanco está repactuando seus públicos-alvos, no âmbito de um conjunto de mudanças "muito significativas" no varejo, afirmou nesta terça-feira o responsável pelas áreas de Pessoa Física e Seguros do banco, André Rodrigues.
Ele afirmou ter uma crença de que o Itaú irá dobrar "de novo" a carteira de varejo Pessoa Física até 2030, reforçando que o mesmo será com "muita qualidade de portfólio".
"Queremos ter a carteira de crédito mais resiliente, os melhores indicadores de crédito de todo o sistema, e queremos fazer isso com rentabilidade... Esse ponto que estamos chegando é o novo normal", disse o executivo em evento online do banco.
"Nós imaginamos que os ’high-twenties’ ou os ’low-thirties’ é o novo local onde o varejo vai rodar a partir de agora."
Rodrigues disse que o banco está "reafirmando a convicção para públicos de maior resiliência... ao mesmo tempo em que amplia o espaço de renúncia para públicos ou mercados menos atrativos."
"Um foco muito prioritário nos mercados de média e alta rendas, um massificado que a gente chama de alto valor, em vários nichos e especialidades no invólucro do varejo", acrescentou.
Também destacou que o Itaú está "pivotando todo o eixo gravitacional da operação de varejo", abrindo mão do atendimento primário via rede de agências para modelos muito mais baseados em modelos digitais ou remotos.
"Temos uma ambição de, em dois ou três anos, ter aproximadamente 75% de todos os nossos clientes atendidos em modelos que são digital only, digital first ou full remote. Hoje, isso representa menos de 15%", afirmou.
Falando sobre vetores de crescimento, o executivo afirmou que talvez o crédito seja uma das alavancas mais fundamentais e nesse sentido o banco quer ressignificar o que é crescimento.
Ele elencou como três grandes perspectivas: articular a concessão e a gestão de crédito verdadeiramente na visão cliente, aprimorar a capacidade de crescer num portfólio saudável e desenvolver competências específicas a cada carteira.
"É um conjunto muito potente que acreditamos que no médio e longo prazo nos levarão a ressignificar o que é o varejo bancário no Brasil", afirmou.
(Por Paula Arend Laier)