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Alimentos e transportes pressionam em dezembro e IPCA-15 fecha 2022 com alta de quase 6%

Publicado 23.12.2022, 09:04
© Reuters
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Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - O IPCA-15 foi pressionado em dezembro pelos custos de alimentos e transportes e fechou 2022 com avanço acumulado em 12 meses de quase 6%, o que indica estouro da meta pelo segundo ano seguido.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,52% em dezembro, de uma alta de 0,53% em novembro, mostraram nesta sexta-feira os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Isso levou o índice, considerado prévia da inflação oficial, a registrar nos 12 meses até dezembro avanço de 5,90%, de 6,17% em novembro.

O acumulado do ano fica bem abaixo da taxa de 10,42% do IPCA-15 ao final de 2021, mas mostra que Luiz Inácio Lula da Silva iniciará seu terceiro mandato como presidente, em 2023, com a inflação acima do teto da meta oficial --3,5% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Confirmando-se que o IPCA fechará acima do teto da meta, o Banco Central terá que divulgar uma carta explicando os motivos de o objetivo não ter sido cumprido, o que aconteceu também em 2021, quando o IPCA fechou com alta de mais de 10% em 12 meses.

As expectativas em pesquisa da Reuters para o IPCA-15 de dezembro eram de avanço de 0,52% na base mensal e de 5,92% em 12 meses.

A inflação no Brasil foi ponto de atenção ao longo do ano, levando o governo a adotar medidas para contê-la, como a redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações. Os efeitos disso, no entanto, já se dissiparam e não estarão presentes em 2023.

Por sua vez, o Banco Central realizou forte aperto monetário que levou a Selic a encerrar 2022 em 13,75%, e no fim do ano passou a destacar preocupação com a elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país depois da eleição presidencial.

"O que importa mais para o BC para fazer a política monetária (agora) é principalmente expectativas para inflação em 2024 e 2025, que não vão ser muito afetadas por esse número que saiu hoje, mas continuam sendo afetadas pelo cenário fiscal", avaliou Laíz Carvalho, economista para Brasil do BNP Paribas (EPA:BNPP)

"Continuamos acreditando que o BC vai ter que ficar parado com a taxa de juros pelo menos no primeiro semestre inteiro de 2023."

Alimentos e combustíveis permaneceram no radar em 2022 e isso não foi diferente no final do ano. Em dezembro, Transportes e Alimentação e bebidas exerceram os maiores impactos, com altas respectivamente de 0,85% e 0,69% no mês.

O resultado de Transportes, depois de avanço de 0,49% em novembro, se deveu principalmente à alta de 0,47% nos preços das passagens aéreas. Os preços dos combustíveis seguiram em alta, mas o avanço desacelerou a 1,79% em dezembro, de 2,04% em novembro.

© Reuters. Consumidores aguardam em fila de supermercado no Rio de Janeiro, Brasil
14/03/2020 REUTERS/Sergio Moraes

Ainda assim, o preço da gasolina subiu 1,52% e teve o maior impacto individual no índice do mês. Entre os outros combustíveis, os custos de etanol subiram 5,44%, mas óleo diesel e gás veicular tiveram quedas de 1,05% e 1,33% em dezembro.

Em 2022 como um todo, foi o grupo Alimentação e Bebidas que ficou no topo dos maiores impactos, com alta acumulada de 11,96%, seguido de Saúde e Cuidados Pessoais, com 11,24%.

Para 2023, a meta central para a inflação cai a 3,25%, também com margem de 1,5 ponto para mais ou menos. Pesquisa Focus realizada pelo BC com uma centena de economistas mostra que a expectativa do mercado é de que a inflação encerre este ano a 5,76% e 2023 a 5,17%.

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