Rio de Janeiro, 23 jun (EFE).- Os economistas do mercado financeiro brasileiro reduziram sua previsão para o crescimento econômico neste ano desde 1,24% há uma semana para 1,16% na pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.
Foi a quarta semana consecutiva em que os analistas rebaixaram a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2014. Há quatro semanas, os economistas esperavam um crescimento econômico de 1,63%.
Da mesma forma, os economistas rebaixaram sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2015 desde 1,96% há quatro semanas até 1,73% na semana passada e 1,60% na nova pesquisa.
As novas previsões fazem parte do boletim Focus, uma pesquisa que o instituto emissor realiza semanalmente entre uma centena de economistas do mercado financeiro nacional.
O aumento do pessimismo com relação ao desempenho da economia do Brasil foi provocado principalmente pelas más expectativas para o setor industrial.
Os especialistas já tinham reduzido sua previsão para o crescimento da produção industrial do Brasil neste ano desde 1,40% há quatro semanas até 0,51% na semana passada. Agora, na nova pesquisa, esperam para 2014 uma retração industrial de 0,14%.
A previsão dos analistas para o crescimento do Brasil neste ano está muito abaixo da expansão de 2,5% esperada pelo governo e até de 2% admitido pelo Banco Central em seu último análise trimestral.
As novas previsões indicam que os analistas esperam uma desaceleração econômica após a ligeira recuperação de 2013. Depois de ter registrado uma expansão de 7,5% em 2010, o crescimento da economia brasileira foi de 2,7% em 2011, de só 1% em 2012 e de 2,3% em 2013.
Quanto aos preços, os analistas mantiveram estável em 6,46% sua previsão para a inflação deste ano e elevaram a projeção para a inflação de 2015 desde 6,08% há uma semana até 6,10% na nova pesquisa.
Os analistas esperam em 2014 uma inflação muito próxima ao limite máximo tolerado pelo governo. A meta para a inflação no país é de 4,5% anual, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que permite um máximo do 6,5%.
O Brasil fechou 2013 com uma inflação de 5,91% e os preços continuam aumentando apesar do Banco Central ter aumentado as taxas de juros internas, que estão em seus maiores níveis nos últimos anos.