Por Yawen Chen e Ryan Woo
PEQUIM (Reuters) - A atividade industrial da China contraiu no ritmo mais forte em três anos em fevereiro uma vez que as encomendas para exportação caíram no nível mais rápido desde a crise financeira global, destacando as fissuras na economia diante da demanda fraca tanto internamente quanto no exterior.
Mesmo com os crescentes estímulos do governo para alimentar a atividade, aumentam os temores de que a China pode estar correndo o risco de uma desaceleração mais acentuada se as atuais negociações comerciais com os Estados Unidos não aliviarem a pressão.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial de indústria caiu a 49,2 em fevereiro de 49,5 em janeiro, mostrando contração da atividade pelo terceiro mês seguido, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Estatísticas. A marca de 50 separa crescimento de contração.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que o índice ficasse inalterado.
A produção industrial contraiu em fevereiro pela primeira vez desde janeiro de 2009, durante o pico da crise global. O subíndice de produção caiu a 49,5, de 50,9 no mês anterior.
As novas encomendas para exportação diminuíram pelo nono mês seguido, e a uma taxa mais forte, no mais recente sinal de deterioração da demanda global. O subíndice caiu a 45,2, leitura mais baixa desde fevereiro de 2009, de 46,9 em janeiro.
O crescimento do setor de serviços também desacelerou em fevereiro, depois de se recuperar por dois meses seguidos, uma vez que as novas encomendas aumentaram a um ritmo mais lento. O PMI oficial de serviços caiu a 54,3 em fevereiro de 54,7 em janeiro.